Desenvolvimento da autoeficácia docente na iniciação à docência em Educação Física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa Filho, Roraima Alves da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180761
Resumo: Além de conhecimentos e habilidades, é necessário que os professores aprendam estratégias de controle interno de modo a lidar com as influências contextuais e pessoais satisfatoriamente. Uma possibilidade para isso é o desenvolvimento da crença de capacidade, neste estudo, representada pela autoeficácia docente. É por meio das crenças que os professores selecionam e valorizam informações importantes para sua prática pedagógica, que, em última instância, comporão sua percepção de capacidade. A formação inicial é um período propício para a promoção da autoeficácia docente, principalmente a partir das situações de prática e regência pelos estudantes, que aproximam os conhecimentos dos campos teóricos e práticos. Contudo, pouco se sabe sobre quais situações e elementos das experiências vividas são selecionados por futuros professores para formar a própria capacidade para ensinar. A presente pesquisa se insere na temática das crenças docentes na formação inicial de professores de Educação Física e objetivou investigar o desenvolvimento da autoeficácia docente para ensinar educação física na escola, tendo como cenário de investigação o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Utilizou-se a pesquisa exploratória e descritiva, com análise de dados mista, por meio da estratégia da microanálise. Participaram 16 estudantes bolsistas de um projeto PIBID na área da educação física, com idade entre 19 e 32 anos, sendo metade do sexo feminino. Os dados foram coletados durante o segundo semestre de 2015 e durante o ano de 2016, utilizando-se relatórios semanais, escalas de autoeficácia e fontes de autoeficácia docente e portfólios. Dados advindos das escalas foram analisados com estatística descritiva e inferencial, realizados no software SPSS. Os dados qualitativos foram analisados pelo método de codificação descritiva e in vivo, suportadas pelo software Nvivo. Apesar de se observar um desenvolvimento positivo da autoeficácia docente e em suas dimensões, essas não foram significativas para todas as variáveis. Somente observou-se desenvolvimento significativo nas dimensões estratégias instrucionais e engajamento do estudante para os participantes de 2015. Esse último também foi mais significativo para quem realizou as atividades na escola municipal. Na microanálise, se observou que o desenvolvimento da autoeficácia apresentou picos tanto positivos como negativos, em diferentes momentos durante o projeto. Quanto às fontes, os estudantes bolsistas selecionaram informações em que perceberam sucesso ou fracasso com mais frequência. Além disso, também deram atenção para o que os alunos da escola, colegas e professores falavam sobre as aulas ministradas. Considerando o referencial teórico analítico, os resultados encontrados podem ajudar a traçar propostas formativas, tanto para a formação inicial, como para os professores formadores reverem suas práticas pedagógicas e ajudarem, consciente e efetivamente, na oferta de situações que possam ser significativas para a autoeficácia dos futuros professores de educação física.