Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Maza, Lariza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153563
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Resumo: |
Introdução. A Paracoccidioidomicose (PCM) é micose sistêmica causada por fungos termo dimórficos do gênero Paracocidioides. A associação sulfametoxazol trimetoprim, também denominada Cotrimoxazol (CMX), é uma das principais opções terapêuticas. No atual tratamento da PCM, o CMX é utilizado na dose de 2400 mg de sulfametoxazol, o que corresponde a seis comprimidos, divididos em duas tomadas diárias, fato que tem levado a menor adesão do paciente à terapia antifúngica. Estudos experimentais têm observado que a dose única diária pode ser suficiente para tratar a PCM. Objetivo. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento da PCM Murina com CMX administrado em uma e duas doses diárias. Material e métodos. Utilizou-se camundongos machos, isogênicos da linhagem Balb/c e o isolado Pb 326, de uma paciente atendida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu em 2012 com a forma aguda e subaguda. Este estudo apresentou três experimentos. No experimento I, 100 animais foram sorteados em 4 grupos: controle saudável (G1), controle infectado (G2) e os grupos infectados que receberam CMX uma vez (G3) e duas vezes ao dia (G4). Após 28 dias da infecção, iniciou-se o tratamento, com avaliação da recuperação fúngica em pulmão e baço, exame histopatológico dos pulmões e pesquisa de anticorpos séricos específicos anti P. brasiliensis, pela imunodifusão dupla em gel de ágar (IDD) nas semanas 8, 12, 16 e 20 após a infecção. No experimento II, os mesmos animais foram avaliados quanto a sobrevida cumulativa em 140 dias. No experimento III, 40 camundongos infectados e tratados por 10 dias com dose única diária e com duas tomadas ao dia foram avaliados quanto ao perfil sérico de sulfametoxazol em quatro medidas durante o dia e foi determinado a concentração inibitória mínima deste isolado utilizado no estudo. Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney foram utilizados para comparação de medianas, regressão linear para analisar os parâmetros nos sucessivos momentos de sacrifício e Kaplan-Meier para a avaliação de sobrevida. Foi considerado significativo os valores de p menores que 0,05. Resultados. Os dois grupos tratados com CMX (G3 e G4) apresentaram resposta ao tratamento, caracterizada pela melhora do aspecto e do comportamento do animal, queda dos níveis de anticorpos séricos pela IDD (G3: p=0,005; G4: p=0,01), redução da carga fúngica pulmonar, analisada pelo exame histopatológico, na 16ª e 20ª se- manas comparadas com a 8ª e 12ª (p<0,01) e menor porcentagem de fibras colágenas por área peribronquiolar na 20ª semana comparados com a 12ª semana (p<0,05). Não houve diferença na recuperação fúngica em pulmões e baço, na carga fúngica contada pelo exame histopatológico de pulmão e nem na porcentagem de fibra colágena por área peribronquiolar entre G3 e G4 nas semanas 8, 12, 16 e 20. No entanto, os níveis de IDD tenderam a ser mais baixos no G4 do que no G3 na 8ª semana de tratamento (1:4 vs 1:16, p = 0,08). O grupo G4 apresentou menor recuperação fúngica dos pulmões na 8ª e 12ª semanas e no baço nas semanas 16 e 20 quando comparado ao controle infectado. Não houve diferença na mortalidade cumulativa entre G3 e G4 (0,0% vs 4,0%). Conclusões. Esses achados demonstram eficácia em ambos os esquemas de tratamento da PCM Murina com CMX. Embora não se observou diferenças diretas entre os dois esquemas de tratamento com CMX, o grupo que recebeu duas doses ao dia apresentou maior resposta quando comparado com o controle infectado, fato que não ocorreu com o grupo tratado com dose única diária. Isto sugere que diferenças podem existir entre os dois esquemas e que estudo futuros são necessários para se conhecer melhor a eficácia destes esquemas terapêuticos. |