Influência da atividade física prévia na mortalidade hospitalar de pacientes com choque séptico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ventrella, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239481
Resumo: Introdução: A sepse é a resposta inadequada do organismo a uma infecção que gera redução da perfusão tecidual e falência orgânica caracterizando o choque séptico (CS). No CS ocorre o comprometimento dos sistemas pró e anti-inflamatórios, agravando ainda mais o quadro de infecção. Logo, é importante intervenções que modulem a resposta inflamatória tal como a atividade física. No entanto, a prática de atividade física (AF) previamente à ocorrência do choque séptico ainda não foi estudada. Objetivo: Avaliar a influência da atividade física (AF) antes do choque séptico na mortalidade intra-hospitalar desses pacientes. Métodos: Foram incluídos indivíduos acima de 18 anos de ambos os sexos que internaram com diagnóstico de choque séptico na Sala de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. O grau de atividade física antes do choque séptico foi avaliado por um questionário aplicado aos familiares dos pacientes e a classificação da capacidade funcional foi realizada pelos equivalentes metabólicos (METs). As associações entre a atividade física e a mortalidade intra-hospitalar foram calculadas por regressão logística uni e multivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram avaliados 46 pacientes com choque séptico, sendo que 67,4% eram do sexo masculino, com idade média de 62,4 ± 13,0 anos. Da amostra total, a mediana do METs foi 1,5 (1,0 - 2,3), sendo que 80,4% apresentaram METs < 4. A mediana do tempo de internação foi de 13,0 (4,8 - 28,5) dias e a mortalidade intra-hospitalar de 73,9%. O METs < 4 foi associado com maior mortalidade intra-hospitalar mesmo ajustado por sexo, idade, PCR e SOFA (OR: 7,039; IC95%: 1,060-46,727; p=0,043), e pelos glóbulos brancos (OR: 7,769; IC95%: 1,274-47,394; p=0,026). Conclusão: Em pacientes com choque séptico, o menor nível de atividade física junto a baixa capacidade funcional avaliada pelo METs < 4, foi associado com maior mortalidade intra-hospitalar.