Estudo soroepidemiológico de brucelose, leptospirose, toxoplasmose, leishmaniose e tripanossomíase em javalis (Sus scrofa) de vida livre no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carraro, Paulo Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193552
Resumo: Os javalis (Sus scrofa) são mamíferos considerados uma espécie exótica invasora, uma vez que podem causar prejuízos à produção agropecuária e problemas à saúde pública. Embora possam ser potenciais reservatórios de diversos micro-organismos, os dados sobre a soroprevalência das enfermidades zoonóticas ainda são escassos no Brasil. Por essa razão, o presente trabalho objetivou estudar a ocorrência de anticorpos contra Brucella spp., Leptospira spp., Toxoplasma gondii, Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi em javalis de vida livre no Estado de São Paulo. Para tanto, 92 amostras de soro sanguíneo foram coletadas de javalis das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste do Estado de São Paulo e foram submetidas aos testes do antígeno acidificado tamponado para Brucella spp., da soroaglutinação microscópica para Leptospira spp. e da reação de imunofluorescência indireta para pesquisa de anticorpos contra T. gondii, L. infantum e T. cruzi. Foram realizados a taxa de soroprevalência, os fatores de risco associados à ocorrência de anticorpos contra os agentes estudados (por meio da análise univariada, com o cálculo da razão de prevalência e seu respectivo intervalo de confiança de 95 % e teste de χ² ou exato de Fisher. Além do geoprocessamento do local que o animal foi abatido. Os resultados evidenciaram que 54,3 % (50/92) eram fêmeas e 50 % (46/92) dos javalis apresentavam idade jovem. As soroprevalências e os títulos de anticorpos encontrados foram 0 % para Brucella spp.; 10,87 % (10/92) para T. gondii, com títulos entre 40 e 640; 1,08 % (1/92) para Leptospira spp., reagindo apenas ao sorogrupo Sejroe e ao sorovar Unesp03, com titulação de 100; 63,04 % (58/92) para L. infantum, com titulação de 40 a 640, e 60,86 % (56/92) para T. cruzi, com titulação de 40 a 160. Na região do presente estudo, a frequência de anticorpos contra T. gondii e Leptospira spp. mostrou-se baixa. Não houve animais reagentes aos anticorpos contra Brucella spp. Para L. infantum e T. cruzi, houve alta e semelhante ocorrência de anticorpos, sugerindo ser uma reação cruzada entre ambos, havendo necessidade de diagnóstico comprobatório. Apenas a ocorrência de anticorpos contra L. infantum foi associada ao município. As variáveis gênero, idade e município foram igualmente associadas à ocorrência de anticorpos contra os demais agentes estudados.