Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Karine Dalla Vecchia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192890
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da suplementação ou não com proteína não degradável no rúmen (PNDR) sobre o consumo, metabolismo e desempenho de bovinos Nelore na fase da recria, durante o período das águas. Os animais foram mantidos em pastagem de Urochloa brizantha cv. Xaraés (PB = 12,3%), sob pastejo contínuo e método put and take. Dois experimentos foram realizados simultaneamente e as seguintes suplementações foram avaliadas: suplementação mineral (SM), suplementação proteica de 3 g/kg PC de glúten de milho 60 (GLU) ou farelo de soja protegido (FSP). As médias dos tratamentos foram comparadas utilizando contrastes ortogonais (SM vs. PNDR; e GLU vs. FSP). O experimento de desempenho (Exp1) teve duração de 112 dias, utilizou-se 96 tourinhos jovens da raça Nelore com peso corporal inicial médio de 240 ± 19,72 kg, distribuídos em um delineamento em blocos ao acaso. A suplementação com PNDR promoveu aumento no ganho médio diário (GMD; P <0,01), com ganho adicional de 205 g/dia para GLU e FSP em relação ao SM, sem diferenças entre as fontes de proteicas suplementadas. O experimento de metabolismo (Exp2) teve duração de 84 dias e foram utilizados 9 novilhos da raça Nelore, castrados, canulados no rúmen e duodeno, com aproximadamente 350 ± 78,51 kg de peso corporal inicial. Os animais foram distribuídos em 3 quadrados latinos simultâneos 3 x 3. Não foram observadas alterações no consumo de matéria seca (CMS kg e %PC), consumo de matéria orgânica e de forragem (P ≥ 0,11). A suplementação com GLU e FSP aumentou o consumo de proteína bruta (PB), consumo de nitrogênio (N) e de energia metabolizável (P <0,01), além de aumentar a digestibilidade aparente total da proteína bruta (P = 0,08). A concentração de nitrogênio amoniacal ruminal (NAR) aumentou com a suplementação proteica (P <0,01), mas esta suplementação não alterou o pH e a concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC; P ≥ 0,34). Animais suplementados com FSP apresentaram maior produção de AGCC (P <0,01) e uma tendência a maior concentração de NAR (P = 0,07) em comparação com o GLU. Houve interação entre os tratamentos e o tempo de amostragem na produção do ácido isovalérico (P = 0,02), com o GLU apresentando maior concentração desse ácido, 6 horas após a suplementação. A produção dos ácidos isobutírico e isovalérico foi maior para GLU e FSP em comparação ao SM (P <0,01), e uma tendência de comportamento similar foi observada para o ácido valérico (P = 0,08). A excreção de N na urina e nas fezes foi menor para FSP do que para GLU (P= 0,04). Além disso, a retenção de N em % do consumo de N tendeu a aumentar com a suplementação proteica (P = 0,08) e foi maior para FSP em comparação ao GLU (P <0,01). Em conclusão, a suplementação com PNDR aumentou o desempenho animal e o status de nitrogênio para o metabolismo animal, sendo que FSP resultou em maior eficiência de utilização do nitrogênio. |