O homem, impasse de pó e desejo: imagens e figurações do masculino em O som e a fúria, de William Faulkner
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/257896 https://orcid.org/0000-0002-7575-5833 |
Resumo: | Esta tese de Doutoramento objetiva a análise das representações do masculino que emergem da tessitura narrativa do romance O som e a fúria (2004), do escritor norte-americano William Faulkner. A partir do arsenal teórico-crítico fornecido pelas teorias da narrativa, em particular os pressupostos de Gérard Genette (1979), articulado à mobilização teórica dos estudos de gênero e dos men’s studies, pretende-se analisar o modo como as categorias de voz e focalização operam no processo de representação de narradores e personagens masculinos, e nas relações destes com o feminino e possíveis dissidências de gênero, a partir de três dimensões temáticas: a paternidade, já que a obra de Faulkner dramatiza constantemente as relações entre patriarcas e filhos; a homossociabilidade, isto é, as relações de cumplicidade e solidariedade que respaldam a dominação masculina; e a denominada crise da masculinidade, isto é, os sentimentos de angústia do homem faulkneriano frente às mudanças históricas, sociais e culturais de gênero, no contexto agrário e arcaizante do Sul dos Estados Unidos. Nesse sentido, operamos com a hipótese de que estas três dimensões convergem para a existência de uma permanente crise das representações masculinas no corpus faulkneriano, calcada na perpetuação da masculinidade hegemônica, na propagação de modelos de virilidade entre homens e gerações de pais e filhos, na ressonância de uma práxis e discursividade heteronormativa, e na elaboração subjetiva de narradores e personagens que não estão inseridos em padrões valorativos de hombridade. A representação dessa crise da masculinidade obteve respaldo, no romance modernista de Faulkner, uma forma também em crise, como espaço mimético privilegiado para sua representação. |