As traduções brasileiras das variantes dialetais em As I Lay Dying, de William Faulkner

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Thais Fernandes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-06102022-113449/
Resumo: RESUMO: A proposta desta dissertação é investigar as traduções do romance As I Lay Dying (1930), do escritor americano William Faulkner, para a Língua Portuguesa do Brasil. A partir das leituras críticas dessas traduções, discutiremos as atitudes discursivas adotadas por dois escritores-tradutores no processo tradutório, mais especificamente em relação à atenção direcionada para a representação ficcional das variantes linguísticas nas falas dos habitantes de um fictício condado rural no Estado do Mississippi. E, dentre as nossas questões de pesquisa, se houve ou não, nos seus projetos editoriais, realizados em diferentes épocas, a tentativa de recriar tais variações da linguagem, que, estilisticamente, caracterizam os múltiplos narradores, em particular os da família Bundren, em recorrentes fluxos de consciência, ao longo de 59 (cinquenta e nove) monólogos interiores. Para realização deste projeto de trabalho, selecionamos do corpus de estudo os primeiros excertos de seis vozes narrativas consideradas as mais expressivas, quais sejam: Addie, Dewey Dell, Doctor Peabody, Jewel, Vardaman e Whitfield (isto é, duas mulheres, uma criança e três homens adultos). Assim, a análise apresentada enquadra-se na metodologia da descrição comparativa baseada, portanto, em duas traduções brasileiras, a saber, a do crítico literário baiano Hélio Pólvora de Almeida (1978) e a do jornalista paulista Wladir Dupont (2001). O paradigma teórico e prático deste estudo, por sua vez, centra-se nos Estudos Descritivos da Tradução (DTS), no eixo da tradução literária e, do cotejamento analítico, na descrição e explicação dos contrastes nas línguas em questão, combinando as reflexões sistemáticas formuladas por Gideon Toury (1989; 1995), e as concepções dos Estudos Comparados (André Lefevere, 1992; Edwin Gentzler, 2009); em torno da prosa de ficção moderna traduzida no nosso sistema literário nacional. Os resultados da investigação apontam que os tradutores buscaram preservar os aspectos da linguagem coloquial no romance de Faulkner, porém as criações lexicais e a variação fonética (representação gráfica de uma ortografia não padronizada) do dialeto popular na obra do autor foram ignoradas