Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Abrão, Féres [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141512
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar os pólipos endometriais pela imunoexpressão das proteínas p53 e PTEN como fatores preditivos para riscos de pré-malignidade e malignidade. Pacientes e Métodos: Estudo transversal com amostra por conveniência, cujos dados foram obtidos através de consultas aos prontuários no período de janeiro de 2010 a dezembro 2014 de pacientes com diagnóstico de pólipos endometriais, submetidas a histeroscopias diagnósticas e cirúrgicas/polipectomia no Setor de Endoscopia Ginecológica e Planejamento Familiar da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) e da Clínica “Abrão” de Marília. Os pólipos endometriais foram encaminhados, em bloco de parafina, à Consultoria em Patologia Dr Carlos Bacchi para avaliação imunoistoquímica, identificando os marcadores p53 e PTEN. Todas as pacientes realizaram, previamente, ultrassonografia transvaginal e histeroscopia diagnóstica. O grupo estudado constituiu-se de 159 pacientes (n=159) com diagnóstico de pólipo confirmado pelo exame anátomo patológico. Grupo amostral: as pacientes foram divididas em 2 (dois) grupos, assim denominados: Grupo A=120 (pacientes com pólipos endometriais sem atipias) e Grupo B=39 (pacientes com pólipos endometriais com atipias). O Grupo A foi subdividido em 4 subgrupos, assim denominados: A1- imunoistoquímico p53 negativo e PTEN positivo; A2- imunoistoquímico p53 positivo e PTEN positivo; A3- imunoistoquímico p53 negativo e PTEN negativo e A4- imunoistoquímico p53 positivo e PTEN negativo. O Grupo B foi subdividido em 4 subgrupos, assim denominados: B1- imunoistoquímico p53 negativo e PTEN positivo; B2- imunoistoquímico p53 positivo e PTEN positivo; B3- imunoistoquímico p53 negativo e PTEN negativo e B4 imunoistoquímico p53 positivo e PTEN negativo. Resultados: Os Grupos não apresentaram diferenças nas características clinico-epidemiologicas, demonstrando homogeneidade na amostra estudada. No grupo A: o subgrupo A1, com 80 pacientes (66,6%) apresentou p53 negativo e PTEN positivo, marcadores tumorais normais e 1 (uma) paciente (1,25%) teve neoplasia maligna de endométrio. As demais 40 pacientes (33,4%) dos subgrupos A2, A3, A4 apresentaram marcadores tumorais alterados, destes, 6 (seis) pacientes (15%) tiveram neoplasia maligna de endometrio; O A2 com 20 pacientes (16,6%) apresentou p53 positivo e PTEN positivo; A3 com 14 pacientes (11,6%) apresentou p53 positivo e PTEN negativo e A4 com 6 pacientes (5,1%) apresentou p53 negativo e PTEN negativo . O Grupo A teve, média de idade 57,5 anos, Índice de Massa Corpórea (IMC) 28,45, número médio de gestações 2(duas), índice de Aborto 16,7%, Tabagista 8,3%, Hipertensas 46,7%, Diabeticas 11,7%, amenorreia média 10 anos. Cerca de 5.9% das pacientes do grupo A tiveram neoplasia maligna de endométrio e houve maior incidência de neoplasia nas pacientes com marcadores alterados, em relação aquelas com marcadores normais (15% versus 1,25%, respectivamente; p=0,0089 e OR=13.94). No Grupo B: o subgrupo B1 com 21 pacientes (53,9%) apresentou marcadores tumorais normais (p53 negativo e PTEN positivo) e 1(uma) paciente (4,8%) teve neoplasia maligna de endométrio. As demais 18 pacientes (46,1%) dos subgrupos B2, B3, B4 apresentaram marcadores tumorais alterados, destes 7(sete) pacientes (38,9%) tiveram neoplasia maligna de endométrio. O B2 com 11 pacientes (28,2%) apresentou p53 positivo e PTEN positivo; B3 com 4 pacientes (10,2%) apresentou p53 positivo e PTEN negativo e A4 com 3 pacientes (7,7%) apresentou p53 negativo e PTEN negativo. O Grupo B teve, média de idade 61 anos, Índice de Massa Corpórea (IMC) 27, número médio de Gestações 2 (duas), índice de Aborto 7,7%, Tabagista 8,3%, Hipertensas 64%, Diabeticas 17,9%, com amenorreia média de 10 anos. Cerca de 20,5% das pacientes do grupo B tiveram neoplasia maligna de endométrio e houve maior incidência nas pacientes com marcadores tumorais alterados em relação as pacientes com marcadores normais (38,9 versus 4,8%, respectivamente; p=0,00255 e OR= 12.73). O grupo B teve maior incidência de neoplasia maligna de endometrio em relação ao grupo A (20,5% versus 5,9% respectivamente; p=0,011). No total 159 pacientes (grupo A + Grupo B), 110 pacientes com p53 negativo, 3 pacientes tiveram neoplasia de endométrio; e 49 pacientes com p53 positivo, 11 tiveram neoplasia de endométrio.(p=0,0006,OR=7,67) e 132 pacientes com PTEN positivo, 8 pacientes tiveram neoplasia de endométrio, 27 pacientes com PTEN negativo, 7 tiveram neoplasia de endométrio.(p=0,00043; OR=5,43). Conclusões: 1- O estudo imunoistoquímico nas pacientes portadoras de pólipo endometrial mostrou ser um armamento útil para predizer o risco de malignização do endométrio,2- Estudos complementares devem ser aguardados, principalmente com maior casuística, para corroborar os dados encontrados,3- As pacientes com pólipos endometriais e marcadores tumorais alterados, p53 e PTEN, principalmente, quando associados a obesidade, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus II, podem apresentar maior risco de neoplasia maligna de endométrio,4- As neoplasias malignas do endométrio foram encontrados com maior incidências em mulheres de maior idade e no grupo de pólipos com atipias. |