A escrita do passado entre monges e leigos (Portugal - séculos XIV e XV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Teodoro, Leandro Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93232
Resumo: A proposta deste trabalho é mapear o lugar e os valores da história para clérigos e leigos em Portugal nos séculos XIV e XV, quando a história passa a ser vista como um importante instrumento não só de legitimação do poder, mas também na formação dos próprios homens do reino. Serão cotejadas as Crónicas Breves, produzidas no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra no século XIV, e aquelas escritas pelos cronistas oficiais Fernão Lopes, Gomes Eanes de Zurara e Rui de Pina no âmbito do Arquivo régio no século XV. Com o objetivo de examinar se houve uma mudança de perspectiva no modo de se conceber a história entre os cronistas monásticos e os cronistas leigos, propomo-nos analisar até que ponto se pode falar em permanência e/ou ruptura entre os valores religiosos e laicos na conservação do passado. Em especial, procuraremos mostrar como os cronistas monásticos e régios pensaram a história em uma oposição Bem/Mal e a estruturaram a partir do jogo entre momentos de paz e de guerra. É através da discussão acerca da necessidade da guerra e da importância da paz que será possível compreender o modo como os cronistas concebiam a existência social dos grandes nobres e o papel que atribuíram a esses homens na missão de tornar Portugal o representante por excelência do Bem na Terra