Uso sustentável da biodiversidade brasileira: prospecção químico-farmacológica em plantas superiores - Neea theifera Oersted (Nyctaginaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rinaldo, Daniel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97997
Resumo: Este trabalho aborda a investigação de Neea theifera Oerst. (Nyctaginaceae), uma planta brasileira conhecida popularmente como o Capa-rosa-do-campo. Esta espécie é usada na medicina popular contra doenças gástricas e diarréias. As folhas foram coletadas e extraídas sequencialmente com clorofórmio e metanol. O extrato metanólico foi fracionado por cromatografia líquida de média pressão em fase reversa, seguido de cromatografia de permeação em gel (Sephadex LH-20), e foi possível isolar os flavonóides vitexina, isovitexina, orientina, isoorientina, vicenina-2, crisoeriol, apigenina, luteolina e luteolina-7-O-[2''-O-(5'''-O-feruloil)-D-apiofuranosil]- ß-D-glicopiranosídeo, identificados por técnicas espectrométricas (RMN, UV, IV, MS). Os flavonóides presentes no extrato metanólico foram quantificados por HPLC-DAD, apresentando um teor de 5,6% no extrato metanólico e 0,85% nas folhas. Os ensaios farmacológicos in-vivo mostraram que os extratos não foram capazes de inibir as úlceras induzidas por HCl/etanol. Por outro lado, eles não apresentaram efeitos mutagênicos. Ambos os extratos apresentaram atividade antimicrobiana. O extrato clorofórmico revelou promissora atividade contra Mycobacterium tuberculosis (62,5 æm mL-1) e o extrato metanólico contra Staphylococcus aureus (50 æm mL-1). O extrato metanólico também apresentou atividade imunomodulatória. Portanto, os resultados obtidos mostraram-se importantes, pois eles sugerem que o uso popular de N. theifera como agente anti-úlcera pode não estar correto. Por outro lado, esta espécie demosntrou ser uma fonte promissora de metabólitos secundários com atividade antimicrobiana e imunomodulatória.