Variação espaço-temporal da composição isotópica das águas subterrâneas de um aquífero basáltico, e sua implicação na construção de um modelo de fluxo, na Bacia Hidrográfica do Paraná 3.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Garpelli, Lia Nogueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
BP3
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234693
Resumo: Compreender as condições climáticas e as suas relações com as águas que recarregam os aquíferos é primordial para uma gestão pública mais correta. Na região da Bacia do Paraná 3, no oeste do estado do Paraná, ocorrem rochas vulcânicas que caracterizam o Sistema Aquífero Serra Geral (SASG), amplamente utilizado pelas companhias de abastecimento do estado. A utilização de traçadores ambientais, como isótopos de oxigênio e deutério, auxiliam na compreensão das origens das águas, e dos fluxos das águas subterrâneas em aquíferos como o SASG. O estudo consistiu em coletas trimestrais de 35 amostras de poços tubulares, uma cacimba e coletas em três locais distintos do rio Lopeí, iniciadas em abril de 2019, até janeiro de 2020, além de coletas mensais de recipitação (de maio de 2019 a dezembro de 2020). Foram realizadas análises físico-químicas, medidas in situ, análises hidroquímicas dos principais cátions e ânions e a caracterização isotópica de oxigênio e deutério. Os resultados obtidos permitiram a caracterização climática e isotópica da precipitação, água superficial e subterrânea. As chuvas com variação de -9,02 a 0,24‰ (δ18O) e de -57,92 a 16,56‰ (δ2H), apresentaram os valores mais depletados nos períodos de maior incidência de chuva que culminaram com o fim da primavera e início do verão, com característico efeito quantidade e, os valores mais enriquecidos, nos períodos de menor umidade relativa e pluviosidade, típicos do inverno. As águas superficiais variaram o δ18O de -5,28 a -4,83‰, de -29,46 a -26,39‰ para δ2H, e apresentaram efeito altitude de 0,21‰ a cada 100 m de altitude. As águas subterrâneas com variação isotópica que foi de -5,81 a -4,30‰ e de -34,06 a -24,29‰, para δ18O e δ2H, respectivamente. Possuem três fácies hidroquímicas distintas, o grupo 1, do tipo Ca-Mg-HCO3, que representa a porção intermediária entre os dois grupos, indicativo de mistura de águas; o grupo 2, do tipo Ca-Mg-HCO3 com NO3 que representa águas de porções mais rasas com recargas pluviais recentes, e valores da composição isotópica mais enriquecidos e; o grupo 3, com tipologia Na-HCO3, que são marcadas por águas de fluxo mais profundo, com características de águas mais evoluídas hidroquimicamente e assinaturas isotópicas com valores mais depletados.