Efeitos do treinamento funcional na cognição e capacidade funcional de idosos com doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pedroso, Renata Valle [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150924
Resumo: A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por declínios cognitivos, motores e funcionais que tendem a se agravar com o avanço da doença. O exercício físico é uma das alternativas de tratamento que parece atenuar tais alterações. Assim, com o objetivo geral de analisar os efeitos do treinamento funcional e do convívio social na cognição e capacidade funcional de idosos com doença de Alzheimer, esta tese está estruturada em 6 capítulos, sendo o Capitulo 1: objetivos, revisão de literatura e delineamento do estudo; Capítulo 2: artigo de revisão sistemática que mostrou as evidências sobre os efeitos positivos da atividade física sobre o potencial evocado P300 em idosos; Capítulo 3: estudo transversal que teve como objetivo comparar a cognição, P300 e capacidade funcional de idosos preservados cognitivamente e idosos no estágio leve e moderado da DA. Participaram deste estudo 24 idosos preservados cognitivamente, 35 idosos com DA leve e 22 com DA moderado. Todos os participantes foram submetidos a uma bateria de avaliação cognitiva, de medição do P300, do desempenho em atividades de vida diária (AVD) e dos componentes da capacidade funcional. Os resultados mostraram que o declínio dessas variáveis ocorre de forma progressiva, de acordo com a gravidade da doença. Capítulo 4: estudo longitudinal com objetivo de verificar os efeitos do treinamento funcional (TF) e do convívio social na cognição, nas atividades da vida diária e na capacidade funcional de idosos com DA. No estudo descrito no Capítulo 4, somente participaram idosos com DA que foram distribuídos em três grupos, avaliados antes e após um período de intervenção de 12 semanas: Grupo Controle (GC; n=14); Grupo Treinamento Funcional (GTF; n=22) e Grupo Convívio Social (GCS; n=21). Os participantes em ambos os grupos de intervenção realizaram três sessões semanais de uma hora por sessão, por 12 semanas. Todos os participantes foram submetidos à mesma avaliação descrita no Capítulo 3, nos momentos pré e pós intervenção. Foram observadas melhorias significativas nas funções executivas e resistência aeróbia, no GCS; e na memória, força de membros superiores e agilidade, no GTF. Capítulo 5: artigo versando sobre outro estudo longitudinal, agora com o objetivo de verificar os efeitos do TF e do convívio social no P300 de idosos com DA. Os participantes com DA foram divididos nos grupos GCS (n=14) e GTF (n=22), avaliados nos momentos pré e pós intervenção (12 semanas). Neste estudo participaram também 19 idosos preservados cognitivamente, que não passaram por intervenção. Os resultados mostraram que o TF promoveu redução do tempo de reação e melhora da amplitude do potencial P300 e o convívio social promoveu diminuição da latência do P300. Por fim, o Capítulo 6 traz as considerações gerais da tese e as principais conclusões: o TF promoveu efeitos positivos nas funções cognitivas, também reveladas na amplitude e/ou latência de P300, atividades de vida diária e capacidade funcional de idosos com DA, contribuindo para retardar o processo de deterioração causado por esta doença.