O professor mediador escolar e comunitário e suas contribuições para a formação autônoma de estudantes e docentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tinetti, Cristiane Aparecida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153401
Resumo: O texto que se apresenta é decorrente da pesquisa realizada sobre a instituição da função do Professor Mediador Escolar e Comunitário - PMEC, ocorrida de 2009 a 2017 no Estado de São Paulo e legitimada pela Resolução SE-1, de 20 de janeiro de 2011, que dispõe acerca das atribuições do Professor Mediador Escolar e Comunitário (PMEC) de acordo com o Sistema de Proteção Escolar (SPE). Os objetivos são a recuperação de aspectos históricos da criação da função e a análise de aspectos relacionados à prática desse profissional, relacionando o contexto de sua atuação com as possibilidades de mediação, bem como, ao papel desempenhado por esse profissional na construção da autonomia e protagonismo de docentes, alunos e funcionários das Unidades Escolares. A metodologia consta de estudos bibliográficos, documental e de levantamento de dados, por meio de entrevistas semiestruturadas e dissertativas, aplicadas junto aos PMECs que atuam nas escolas estaduais do município de Marília, Garça e Vera Cruz. A fundamentação teórica está referenciada em estudiosos vinculados ao materialismo histórico e dialético, nas contribuições e conceituações apontadas por Judy H. Mullet e Lorraine Stutzman Amstutz, em suas pesquisas realizadas sobre as Disciplinas Restaurativas para Escolas, bem como nas concepções da Cultura de Paz, que têm sido formuladas de modo mais compreensível e acessível a partir da Resolução da Assembleia Geral da ONU 53/243 de setembro de 1999. A hipótese é que o conhecimento das vivências correlacionadas ao dia a dia da função do Professor Mediador Escolar e Comunitário e de sua formação acadêmica contribuem na configuração da função, que requer formação integral e com conhecimentos específicos. Todavia, destaca-se que há valor na formação acadêmica deste sujeito. Como resultados da pesquisa, pode-se relatar que a formação na graduação em Pedagogia, Letras, em Psicologia, ou mesmo uma licenciatura curricular, ao menos nesse sentido, é incompleta ou fragmentada para a atuação efetiva frente às necessidades do ambiente escolar e dos seus estudantes e docentes, sendo importante o desenvolvimento de competências específicas durante este período de experiência do profissional. Os estudos teóricos indicam a necessidade de formação integral, ampliada e contínua desses professores mediadores, de forma que contribuam de maneira consistente e consciente, destacando formação cidadã e autônoma para os atores do ambiente escolar (discentes e docentes), pois, esses estarão atuando continuamente nos diversos ambientes da sociedade e acredita-se que essas vivências ocorridas no espaço da escola podem contribuir para atitudes colaborativas de cidadãos participativos e protagonistas. Constata-se em relação à tomada de decisão do Governo Estadual de São Paulo de realizar uma redução, no final do ano de 2016, do número de professores que estavam atuando na função de PMEC’s nas escolas estaduais. Como resultados da pesquisa, pode-se relatar que a formação na graduação em pedagogia ou em psicologia é insuficiente para a atuação efetiva nas necessidades do ambiente escolar de docentes e dos seus alunos, pensamos, por exemplo, na existência da Pós-Graduação em Mediação de Conflitos, ofertada por uma das frentes da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional.