Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Thiago Alencar da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192592
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é mostrar as transformações ocorridas no mundo do trabalho no início do século XXI e quais os seus efeitos sobre os trabalhadores. Para isso, parte-se do conceito de “culto da performance” desenvolvido por Alain Ehrenberg (2010), o qual diz respeito à necessidade de produção e de resultados como meio de valoração social, e às problemáticas da “sociedade do cansaço” discutidas por Byung Chul-Han (2015), caracterizada pelo esgotamento físico e psíquico advindo da busca constante por desempenho, excesso de positividade e liberdade negativa. Em diálogo com as principais teses da sociologia contemporânea a respeito das características da modernidade, pretende-se mostrar como os conceitos de Ehrenberg (2010) e Han (2015) são importantes para explicar a atual realidade social do mundo do trabalho. A hipótese desta pesquisa é a de que a busca incessante por produtividade tem levado os trabalhadores a um profundo esgotamento mental, além de influenciar na maneira como se percebem na sociedade: indivíduos que almejam se destacar essencialmente por meio da performance pessoal. Por meio de triagem realizada por um questionário (survey) e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de diferentes segmentos (indústria, serviços e comércio) realizadas na cidade de Araraquara-SP, captamos empiricamente suas percepções sobre o mundo do trabalho contemporâneo e, sobretudo, acerca da presença do culto da performance no cotidiano laboral. Analisamos se tais percepções se alinham às mudanças contemporâneas do trabalho diagnosticadas pela literatura. Além disso, apontamos como a gestão de pessoas baseada no “culto da performance” e a responsabilização do trabalhador pelo seu sucesso (pessoal e profissional) têm afetado a formação da individualidade no mundo contemporâneo a um alto preço através da proliferação de patologias psíquicas. |