Formigas em ambientes hospitalares: associação com bactérias (patogênicas e endosimbiontes) e modelo de controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cintra, Priscila [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106531
Resumo: As formigas podem adquirir bactérias presentes no ambiente e permitir que elas se desenvolvam nos seus tratos digestórios, transmitindo-as para as formas mais jovens. Estudos filogenéticos, com formigas do gênero Camponotus, apontam uma co-evolução das espécies de bactérias e de formigas, indicando também uma transmissão maternal. As formigas andarilhas, ou tramp species , podem ocorrer em diversos ambientes, entre eles os hospitais, podendo atuar como carreadores de bactérias patogênicas. Não existem na literatura trabalhos que relatem bactérias patogênicas no trato digestório de formigas que ocorrem em ambientes urbanos. O objetivo do presente trabalho foi o de verificar a existência de bactérias patogênicas no trato digestório de formigas que ocorrem em ambientes hospitalares, determinar se essas espécies poderiam funcionar como reservatórios de bactérias e comparar com as bactérias isoladas de formigas de laboratório. Os resultados obtidos indicaram que as formigas não apresentam bactérias patogênicas em seus tratos digestórios, mesmo sendo coletadas em ambiente hospitalar, porém estas podem eventualmente ser isoladas, não fazendo parte da microbiota natural dessas espécies. Bactérias patogênicas foram isoladas nos ninhos mantidos em laboratórios e também nas larvas das espécies Monomorium pharaonis e Monomorium floricola. Devido às diferenças morfológicas entre o trato digestório das operárias adultas e larvas, pode ser explicada a distinção encontrada entre a microbiota isolada. Foram realizados o levantamento da distribuição das espécies de formigas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP de Botucatu, SP, e no Centro de Saúde de São Carlos, bem como o isolamento das bactérias presentes no trato digestório dos exemplares coletados. Como não foram isoladas bactérias patogênicas...