Identificação de inibidores de pectinase fúngica para o controle de formigas cortadeiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Zavan, Cinthia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94989
Resumo: As formigas cortadeiras Atta sexdens, conhecidas popularmente como saúvas, são consideradas pragas agrícolas, e são controladas principalmente por inseticidas tóxicos, altamente inespecíficos, prejudiciais ao homem e outros animais, além de poluir o solo e a água. Estas formigas extraem seus nutrientes através da degradação da matéria vegetal, realizada por polissacaridases (especialmente pectinases), que estão presentes em seU fluido fecal e são produzidas pelo fungo simbionte Leucoagaricus gongylophorus. Assim, a inibição de pectinase seria uma estratégia promissora para controlar as formigas cortadeiras na agricultura de modo mais específico. No presente trabalho, nós buscamos inibidores de pectinase do fluido fecal em várias partes de 22 espécies vegetais, ensaiando 126 extratos brutos, 99 frações ou subfrações e 41 substâncias puras isoladas destes vegetais. Nossos resultados indicam que (1) Cedrela fissilis (Meliaceae) contém inibidores da pectinase presente no intestino das formigas. (2) O flavonóide (-)-catequina foi identificado como composto majoritário ou puro de todas as frações ativas dos extratos de Cedrela fissilis. (3) O flavonóide (-)-catequina, purificado de Cedrela fissilis, assim como extratos desta planta contendo majoritariamente (-)-catequina, inibiram a atividade de pectinase contida no fluido fecal, mas não a atividade de pectinase contida nos jardins de fungo, que provavelmente contém inibidores da ação da (-)-catequina. Assim, sugerimos que o jardim de fungo funciona como uma barreira protetora para as formigas.