Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pironi, Andressa Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182551
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Resumo: |
RESUMO A inflamação cutânea envolve a liberação de vários mediadores inflamatórios, os quais quando em excesso podem ser nocivos e causar o desenvolvimento de doenças inflamatórias e crônicas de pele. O fator nuclear kappa B (NF-κB) exerce um papel fundamental na produção de citocinas e outras proteínas pró-inflamatórias, portanto, o desequilíbrio dessa via celular está associado à patogênese dos distúrbios inflamatórios na pele. O ácido ursólico é um triterpenóide de ocorrência natural com propriedades anti-inflamatórias que resultam na supressão de mediadores inflamatóriosvia inibição da ativação doNF-κB, sendo um candidato para o tratamento de inflamações cutâneas. Entretanto, essa molécula apresenta baixa solubilidade em água o quelimita sua aplicação terapêutica.Neste contexto, o desenvolvimento de dispersões sólidas (DS)constituídas de polivinilpirrolidona k-30 e tensoativos, como poloxamer 407 ou D-α-tocoferol polietilenoglicol 1000 succinato (TPGS) representa uma estratégiapara aumentar a sua solubilidade.Além disso, a veiculação das DS em um hidrogel à base de poloxamer pode viabilizara administração tópica do fármaco. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar DS de ácido ursólico constituídas por PVP K-30 e TPGS/P407 incorporadas em um hidrogel, além de avaliar a citotoxicidadein vitro e a atividade anti-inflamatória in vivo desses sistemas. Os resutados obtidos revelaram que ambas as DS aumentaram significativamente a solubilidade aquosa do fármaco. Conforme os dados obtidos a partir das análises de difração de raios-X e calorimetria exploratória diferencial, o aumento da solubilidade demonstrou estar relacionado com a dispersão do AU na matriz polimérica na forma molecular ou no estado amorfo. Os hidrogéis de poloxamer demonstraram adequadas propriedades mecânicas e bioadesivas para administração cutânea. Ainda, as análises reológicas evidenciaram comportamento pseudoplástico para os hidrogéis, o que é desejável para formulações de uso tópico. Além disso, as DS e os hidrogéis contendo ambas as DS retardaram o perfil de liberação do ácido ursólico. A partir do estudo de permeação cutânea in vitro e quantificação do fármaco nas camadas da pele, verificou-se que aDS16 ao ser incorporada no hidrogel, proporcionou um menor fluxo de fármaco(12,48±1,48 μg/cm²/ h) atravé da pele, enquanto para o hidrogel contendo a DS2 não houve a permeação após 30 horas de ensaio. Ainda, foi observado para todas as formulações desenvolvidas que o AU se acumulou mais na epiderme do que no estrato córneo, isto é particularmente evidente para as DS16. O ácido ursólico bem com os hidrogéis com as dispersões sólidas demonstraram-se biocompatíveis frente à linhagem celular L929 (fibroblastos). Os resultados da avaliação do efeito anti-inflamatório in vivo revelaram que para as DS a atividade anti-inflamatória foi significativamente maior quando ambas foram aplicadas incorporadas nos hidrogéis de poloxamer, reduzindo 41,87% e 56,64% do edema induzido por aplicação tópico de óleo de cróton. Portanto a partir dos resultados obtidos pode-se concluir que os sistemas desenvolvidos demonstram ser uma abordagem interessante e inovadora para o tratamento de doenças inflamatórias crônicas de pele. |