Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Lucas Amancio [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/310695
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Resumo: |
Este trabalho, escrito em forma de ensaios, consiste numa reflexarão com implicação ética, política e estética do pesquisador, utilizando o Dispositivo Intercessor (DI) para refletir minha prática como ex-agente de segurança penitenciária, realizada entre os anos de 2009 e 2020 no Estado de São Paulo. Nos textos, apresentei não somente minha prática como agente prisional, mas também, minha transição para um trabalhador da psicologia. Vivenciei um processo complexo no qual procurei transitar de um trabalhador disciplinar, para um trabalhador intercessor. Proponho, escrevendo em primeira pessoa, relatar minhas vivências traumáticas como trabalhador atuando dentro da prisão, e do processo de adoecimento no qual são submetidos trabalhadores e pessoas encarceradas, alienados à uma instituição que produz morte. Trabalho nesses ensaios, minha vivência e processo de desalienação de um sistema institucional absolutista, para alienar-me em um sistema simbólico que é a Universidade, que possui uma realidade social completamente distinta do ambiente prisional. Na Universidade, diante de um impasse, o pesquisador pode fazer uso de um tempo lógico no qual a psicanálise nos ensina: instante de ver, tempo para compreender e momento de concluir (Lacan, 1998). Há um período de latência, uma não urgência do agir, diferente das carceragens da prisão, onde o trabalhador em estado de sobrevivência, em determinadas situações, age primeiro e pensa depois. Operando com a estratégia do DI, esses textos são uma tentativa de nomear as relações de poder que funcionam dentro de um presídio, discorrendo sobre aspectos que dificilmente iriam aparecer de forma nua e crua, em um Modo de Produção de Conhecimento cartesiano, como costumam ser algumas pesquisas mais tradicionais. |