Polimorfismo cromossômico intraespecífico em Mazama nana (Hensel, 1872)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Valdir Nogueira Neto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253444
Resumo: A espécie Mazama nana, é o menor cervídeo do Brasil. A espécie possui uma ampla distribuição que se estende pelo sul do Brasil, sudeste do Paraguai e nordeste da Argentina e atualmente, é classificada como “vulnerável” pela IUCN. Essa espécie possui o maior polimorfismo cromossômico intraespecífico, dentro dos cervídeos neotropicais. Dessa maneira o presente estudo objetivou investigar os polimorfismos cariotípicos intraespecíficos em amostras obtidas de animais com origem conhecida da espécie M. nana, utilizando sondas BAC de Bos taurus, pela técnica de hibridização in situ fluorescente. Os resultados revelaram a presença de oito variantes cariotípicas, com intervalo de 2n = 36 a 39, NF constante e igual a 58, e 0 a 5 cromossomos B em 11 indivíduos de diferentes localidades. Essas variações ocorreram nos pares cromossômicos 1, 3, 12 e 17. Os pares 1 e 3, foram cromossomos de dois braços, ou em heterozigose para a fusão cêntrica, enquanto os pares acrocêntricos 12 e 17 apresentaram fusão cêntrica Rb(12;17) em heterozigose ou homozigose. Uma variante, denominada V08, foi identificada pela primeira vez, destacando-se por acumular duas fusões cêntricas e uma fusão em tandem distinta das demais variantes. A partir dos rearranjos encontrados, foi elaborado um cariótipo ancestral hipotético para M. nana, que permitiu a inferência de uma rede de variantes cariotípicas. A rede resultou em duas linhagens cromossômicas a partir do cariótipo ancestral. Dessa maneira, a reprodução entre parentais com rearranjos cromossômicos distintos pode resultar em um indivíduo com aptidão reprodutiva reduzida, pelas divergências cromossômicas intrínsecas das variantes. Portanto, os polimorfismo cariotípico descrito para a espécie Mazama nana deve ser considerado para fins de conservação, enfatizando a importância de estratégias que levem em conta a complexa dinâmica das variantes cromossômicas dentro das populações.