Impact of organized sports on risk of bone fracture among adolescents: ABCD – growth study

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lynch, Kyle Robinson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154488
Resumo: Objetivo: Analisar o risco de fraturas traumáticas de acordo com o engajamento em esportes com diferentes níveis de impacto, assim como identificar o potencial impacto da participação esportiva nos gastos entre adolescentes. Métodos: Estudo longitudinal com 24 meses de seguimento. A amostra foi composta por 285 adolescentes de ambos os sexos (202 meninos e 83 meninas) que foram contatados pelos pesquisadores em escolas (n= 104) e clubes esportivos (n= 181) localizados na região metropolitana de Presidente Prudente, SP, Brasil. Todos os adolescentes foram convidados considerando os seguintes critérios de inclusão: a) idade entre 10-19 anos, 2) assinatura dos pais no termo de consentimento, 3) se contatados em clubes esportivos, pelo menos um ano de treino; se contatados na escola, pelo menos um ano sem prática esportiva ou exercícios. Os grupos foram classificados em: Controle (n= 104), Natação (n= 34), e Esportes de Impacto (n= 147). A ocorrência de fraturas e gastos em saúde foram avaliadas mensalmente durante 12 meses antes da linha de base e 12 meses após linha de base. Sexo, idade, composição corporal, participação esportiva, maturação biológica e proteína CReativa (PCR) foram avaliados durante os 12 meses após a linha de base. Análise estatística foi composta por teste Mann-Whitney, qui-quadrado, Regressão de Cox, Kruskal-Wallis, Analise de Covariância e medidas de tamanho de efeito. A significância estatística foi fixada em p<0.05 e todas as análises foram realizadas no software BioEstat (versão 5,2 [BioEstat, Teffe, Brasil]). Resultados: A incidência de novas fraturas foi de 2,1% (n= 6). A ocorrência de fraturas traumáticas durante o período de 24 meses (12 meses de seguimento + 12 meses prévios) foi de 6,0% ([IC95%: 3,2% a 8,7%]; n= 17). Os gastos totais acumulados durante o período de 12 meses de seguimento foram de U$ 2.991,96. Quando comparados os adolescentes de acordo com a incidência de novas fraturas, não houveram diferenças por sexo, idade, densidade óssea, gordura corporal, esportes, maturação biológica e PCR. Gastos totais também não apresentaram diferença de acordo com a ocorrência de qualquer fratura durante o período de 24 meses. Participação esportiva não mostrou qualquer associação ou risco para a ocorrência de fraturas traumáticas. Quando desmembrados os grupos por esportes, atletismo [US$ 4,13 (27,67)], ginástica [US$ 10,77 (23,90)], judô [US$ 4,24 (6,96)] e natação [US$ 24,67 (46,50)] apresentaram maiores gastos quando comparados ao grupo controle. Caratê, kung-Fu, tênis, basquete e baseball não apresentaram diferenças significativas quando comparados ao grupo controle. Nadadores apresentaram maiores gastos com medicação (p-valor= 0,001), consultas (p-valor= 0,001) e exames (p-valor= 0,005) quando comparados ao grupo controle e esportes de impacto. Mesmo após ajustes por fatores de confusão, nadadores (Média: US$ log10 1,172 [IC95%: 0.925 a 1.420]) tiveram maiores gastos do que o grupo controle (Média: US$ log10 0,280 [IC95%: 0,101 a 0,459]) e esportes de impacto (Média: US$ log10 0,404 [IC95%: 0,290 a 0,519]) (p-valor = 0,001). Participação esportiva explicou 13,2% de toda variância em gastos com saúde, enquanto sexo (2,6% da variância) e fraturas (3,5% da variância) também foram covariáveis relacionadas aos gastos nesse modelo. Conclusão: Os achados desse estudo indicaram que participação esportiva (incluindo esportes de impacto) não aumentou o risco de fraturas entre adolescentes, enquanto fraturas traumáticas foram o principal determinante de gastos com saúde entre adolescentes. Além disso, alguns esportes pareceram estar mais relacionados a maiores gastos com saúde entre adolescentes, independente do impacto econômico de fraturas e sexo.