Geomorfologia do megaleque do Rio Paraguai, quaternário do pantanal mato-grossense, centro-oeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Aguinaldo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102884
Resumo: Fluindo de norte para sul, o Paraguai é o rio-tronco de um trato de sistemas deposicionais composto por inúmeros megaleques fluviais, que caracteriza a paisagem do Pantanal Mato-Grossense. Desde o Pleistoceno, o rio Paraguai vem construindo um megaleque fluvial na borda noroeste do Pantanal, cuja geomorfologia é objeto desta tese. Para desenvolvimento da tese, foram utilizadas imagens de satélites para compartimentação geomorfológica, trabalho de campo para validação dos dados e amostragem de sedimentos com vibrotestemunhador, datação por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) e dados hidrológicos obtidos no campo e de estações fluviométricas. Antes de sua entrada na planície do Pantanal, o rio Paraguai corre num cinturão de meandros com 5 km de largura, de idade holocênica de 1 a 3 ka AP, com padrão de canal meandrante a norte e retilíneo a sul. O cinturão está embutido num vale inciso em depósitos pleistocênicos, que revelaram idades de 10 a 160 ka AP. Datação de depósitos de antigos lobos deposicionais do megaleque do Paraguai, existentes na planície do Pantanal, revelaram idades entre 10 e 70 ka AP. A superfície destes lobos está submetida a processos de pedogênese e incisão fluvial por canais tributários mais jovens, que mascaram as paleo-redes de canais distributários. Na entrada para o Pantanal, o rio deflete 90º para leste, torna-se mais sinuoso e adota padrão distributário devido à perda de confinamento e extravasamento de suas águas para planície durante o período das cheias. No Pantanal, está sendo construído o lobo distributário atual, área de sedimentação ativa devido à existência de espaço de acomodação. A descarga fluvial diminui devido extravasamento do fluxo para planície durante as cheias e perda d’água devido ao rompimento...