Literatura e engajamento: Lima Barreto, um pensador social do Rio de Janeiro na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mansano, Silvana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204384
Resumo: Lima Barreto aponta em sua produção literária os problemas enfrentados pela população vulnerável na nova conformação social que se apresentava na Primeira República (1890- 1930). Por se dedicar a relatar os dramas dos excluídos, o escritor torna-se importante fonte de compreensão dos dilemas que despontaram durante o caminhar à Belle Époque. Com uma linguagem simples, adquirida no ofício como jornalista, o escritor assume um papel combativo contra as injustiças que permaneciam e se aprofundavam, criando uma literatura de engajamento e crítica. Neste trabalho buscamos abordar como Lima Barreto enxergou esses problemas e como sua literatura de engajamento foi formada e se intensificou com o passar dos anos em diferentes obras e crônicas. Discutindo inúmeros assuntos que pairavam em um país com intensas transformações, buscamos aqui abordar, além das influências que Lima Barreto recebeu e o forjou como escritor, temas como a mulher, o racismo, o crescimento desordenado das cidades, a exclusão dos negros. As fontes estudadas foram anotações, correspondências, crônicas e livros. Para compreendermos algumas questões da mulher negra, buscamos os dramas contidos em Clara dos Anjos; a extensão do racismo e seus mecanismos de bloqueio vemos com Recordações do Escrivão Isaías Caminha; para entendermos a condição de outras mulheres trouxemos personagens de Triste Fim de Policarpo Quaresma. A cidade do Rio de Janeiro, tão importante em suas obras, está presente em crônicas e na obra Vida e Morte de M. J Gonzaga de Sá, que nos mostra como o negro e pobre foram empurrados para os arredores da cidade, aprofundando um drama social de difícil solução.