Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vellei, Álvaro dos Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192643
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Resumo: |
A partir dos anos 1990, o neoliberalismo vem direcionando, paulatinamente, suas ações para a privatização da educação pública brasileira, utilizando-se das reformas educacionais nas redes públicas de ensino e, pouco a pouco, promovendo mudanças nos objetivos da educação, na atividade docente e na formação juvenil, tratando a educação como possibilidade de lucro, transformando-a em mercadoria. No estado de São Paulo não é diferente, com o discurso da melhoria da qualidade da educação e com políticas educacionais flexíveis, os diferentes governos do PSDB, ao longo de sete mandatos, estimularam e continuam impulsionando transformações no currículo escolar, nos conteúdos disciplinares e no trabalho docente, em que as avaliações em larga escala são, ao mesmo tempo, objetivo e orientação das ações pedagógicas da educação pública paulista. Nesse sentido, a partir do materialismo histórico dialético e da teoria histórico-cultural, a investigação se propôs a discutir a questão da formação continuada de professores oferecida pela Secretaria Estadual de Educação e parte estratégica do programa São Paulo Faz Escola para a reestruturação da educação pública paulista, que tem como intenção formar uma subjetividade docente padronizada e alinhada com preceitos educacionais neoliberais, desrespeitando contextos e circunstâncias escolares. Assim, a pesquisa teve como objetivo analisar as relações entre o programa São Paulo Faz Escola e formação continuada, principalmente, em suas implicações na atividade de professores do ensino de Sociologia. Para tal, a pesquisa contextualizou os interesses político-econômicos mundiais para a educação pública e analisou a formação continuada oferecida pelo programa para o ensino de Sociologia, a verificação se deu por meio da análise das entrevistas com professores e professoras de Sociologia da rede pública do estado de São Paulo diante da conjuntura laboral para a atividade docente. Foi constatado que o programa São Paulo Faz Escola — em suas condições materiais sucateadas, em seu currículo não dialogado, em seu material apostilado fragilizado e na formação profissional, obrigatória e esvaziada — retira a criatividade e a autonomia didáticopedagógica do trabalho docente, se apresentando-se, na verdade, como contraformação de professores. |