Relação do cortisol com IL-12, TGF-β e PD-1 na leishmaniose canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Ito, Lucas Takeshi Siqueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259944
Resumo: A leishmaniose visceral canina (LCan) é uma zoonose tropical causada pelo protozoário Leishmania (L.) infantum no Brasil. Distúrbios no eixo hipotálamo pituitária adrenal (HPA) foram relatados em doenças infecciosas, incluindo leishmaniose visceral humana e experimental, ainda não relatava na LCan. O cortisol é um hormônio esteroide que regulam diversos processos fisiológicos, incluindo as respostas imunológicas. O objetivo deste estudo foi investigar os distúrbios hormonais do eixo HPA em cães com LCan e sua relação com a resposta imunológica do hospedeiro. Para isso, os níveis séricos de cortisol e do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) foram quantificados em 12 cães saudáveis e 23 cães naturalmente infectados com Leishmania spp. utilizando ensaios imunoenzimáticos (ELISA) competitivo e de captura, respectivamente. A expressão das enzimas óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e arginase-1, bem como da proteína de morte celular programada-1 (PD-1), foi avaliada em células mononucleares do sangue periférico (CMSP) isoladas, marcadas com anticorpos conjugados a fluoróforos e analisadas por citometria de fluxo. Além disso, os níveis séricos das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12, interferon-gama (IFN-γ), fator de necrose tumoral (TNF-α) e fator de crescimento transformador beta (TGF-β) foram quantificadas no soro por ELISA de captura. A carga parasitária no sangue periférico e swab conjuntival foi quantificada por qPCR. Todos os parâmetros avaliados foram correlacionados com os níveis séricos de cortisol. Foi observado um aumento nos níveis de cortisol sérico, quanto os níveis de ACTH estavam reduzidos em cães com LCan. As expressões de iNOS, arginase-1 e PD-1 também estavam elevadas nas CMSP de e as citocinas sericas IL-10, IL-12 e IFN-γ apresentaram níveis aumentados em cães com LCan. O cortisol demonstrou correlação negativa com globulinas, PD-1 e IL-12, mas correlação positiva com as plaquetas, albumina e TGF-β. Esses achados sugerem que L. infantum pode induzir desregulação do eixo HPA e modular a resposta imunológica nos cães infectados, contribuindo para o entendimento dos mecanismos patogênicos da doença.