Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Martins, Anne Jackeline Corrêa da Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/296023
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Resumo: |
O escopo desta pesquisa é a análise da deliberação na Ética a Nicômaco de Aristóteles. Como pretendemos mostrar, a deliberação ocorre na parte racional deliberativa da alma do homem e exerce importante influência nela. Começaremos tratando dos bens humanos em geral, conforme a classificação do filósofo, bem como do “Sumo Bem”. Os bens são em verdade os fins que todo homem busca. Eles constituem a causa do agir e do deliberar. O “Sumo Bem”, identificado pelo filósofo à felicidade (eudaimonia), é o mais alto bem que o homem pode conquistar. De acordo com Aristóteles, este “Sumo Bem” reside na vida contemplativa, o que será abordado ao longo de nosso trabalho - assim como as demais vidas a serem consideradas pelos homens. Ato contínuo, daremos ênfase aos bens da alma, visto que eles se relacionam com a excelência da atuação do homem. A deliberação participa da excelência na medida em que ela se dá de forma boa ou excelente. A alma do homem é o lugar de onde Aristóteles – partindo da investigação e análise das conclusões de seus predecessores - extraiu as capacidades humanas, elencando-as como sendo: capacidade racional científica, capacidade racional deliberativa ou calculativa, capacidade irracional desiderativa e capacidade irracional vegetativa. Além disso, na alma humana também são encontradas as virtudes morais e as virtudes intelectuais. Em resumo, pretendemos mostrar que a deliberação é então uma investigação, um cálculo, da parte calculativa da alma. Ela é considerada uma boa deliberação quando o agente moral calcula com base na sabedoria prática. Mas, ainda que os cálculos sejam os melhores possíveis, por atuar no campo da contingência - onde existem os riscos da causalidade -, a deliberação, ainda que boa, não assegura ao agente o bom alcance do fim. A boa deliberação possibilita então que o agente moral realize boas escolhas e tome boas decisões, contribuindo para o alcance do “Sumo Bem”, isto é, de uma vida feliz. |