A biofortificação de frutos de bananeiras com zinco via injeção no pseudocaule é mais efetiva que a fortificação dos frutos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mayorquin-Guevara, Juan Esteban
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193355
Resumo: As dietas das populações dos países em desenvolvimento são constituídas principalmente por alimentos de origem vegetal, que são pobres em micronutrientes, e isto pode levar à incidência de deficiências nutricionais. A deficiência de zinco (Zn), entre outros nutrientes, está associada ao déficit de crescimento em crianças, destacadamente quando a Ingestão Diária Recomendada (Recommended Dietary Allowance - RDA) de Zn não é atingida. Nestes países a banana e o plátano são considerados alimentos básicos e de consumo massivo, porém com baixo teor de Zn. Desta forma, este trabalho teve por objetivo geral estudar métodos de fortificação e de biofortificação de frutos de bananeira visando atingir a RDA de Zn de 3,0 mg dia-1 para crianças de 1 – 3 anos e, por objetivos específicos: i. comparar a eficácia das estratégias de enriquecimento de Zn via imersão dos frutos de bananeira e a injeção no pseudocaule e ii. verificar o efeito da aplicação do sulfato de zinco na vida útil pós-colheita e qualidade dos frutos. A metodologia de fortificação dos frutos por meio de imersão, não se mostrou eficaz em função da baixa infiltração do corante ácido azul 9, utilizado para prever a penetração das soluções de sulfato de zinco (ZnSO4 + 7 H2O). Por outro lado, foi possível biofortificar os frutos de bananeira por meio da injeção de soluções de sulfato de zinco no pseudocaule, triplicando o teor de Zn nos frutos em relação ao controle. O consumo de 81,9 ou 88,5 g de bananas desidratadas dos tratamentos que receberam 20 e 40 g L-1 de sulfato de zinco, respectivamente, supriu 100% da RDA de Zn para crianças de 1 a 3 anos. Do mesmo modo, o consumo de três frutos biofortificados de banana in natura por dia destes tratamentos supriria esta RDA. A vida útil pós-colheita dos frutos biofortificados com sulfato de zinco não foi afetada por estes tratamentos, porém foi observado diminuição do teor dos ácidos orgânicos (AT) e aumento do ratio, o que pode melhorar o aspecto e a aceitabilidade dos frutos biofortificados, sem comprometer seu potencial nutricional.