Política de avaliação externa e em larga escala: o olhar do sujeito professor da rede municipal de Presidente Prudente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Uillians Eduardo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151977
Resumo: A presente dissertação, desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia/ Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP), encontra-se vinculada à linha de pesquisa “Formação dos Profissionais da Educação, Políticas Educativas e Escola Pública”, teve como objeto de análise as percepções dos docentes de uma escola municipal acerca de avaliações externas e em larga escala. O atual cenário da avaliação em nosso país tem suscitado vários debates entre especialistas, educadores e gestores com o objetivo de se buscar resultados que possam nortear as políticas educacionais. Tais debates apresentam discussões e análises sobre diversos tipos de avaliação: institucional, da aprendizagem, avaliação externa, em larga escala, entre outros. Nessa pesquisa, nosso foco foram as percepções dos professores acerca avaliações externas e em larga escala. O objetivo geral dessa pesquisa foi investigar e analisar como as avaliações externas e em larga escala são compreendidas pelos docentes e suas possíveis repercussões na orientação da organização do trabalho pedagógico em sala de aula, passando pela análise das percepções sobre avaliação externa e em larga escala dos docentes, com reflexão dos seus posicionamentos diante dessas, além de identificar as principais práticas docentes advindas dessas avaliações. Para isso, realizamos, em uma abordagem qualitativa, pesquisa bibliográfica, realização, transcrição e análise de entrevistas semiestruturadas. Na pesquisa bibliográfica, fizemos levantamento e análise de dissertações, teses, artigos, livros e trabalhos científicos que tinham as avaliações externas e em larga escala como objeto de estudo. Na pesquisa documental, analisamos documentos produzidos pelo Ministério da Educação, pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e Municipal de Presidente Prudente, com o intuito de traçar um panorama histórico acerca dessas avaliações, assim como de identificar as concepções e pressupostos delas ao longo de suas quase três décadas de existência. Para a coleta de dados realizamos entrevistas semiestruturadas com nove docentes de uma escola municipal de Presidente Prudente, que atende alunos da pré-escola até o quinto ano do ensino fundamental. Os resultados da pesquisa indicaram que essas avaliações não têm permeados processos de formação condizente com a política de avaliação externa e em larga. Outra implicação trazida para os professores são: alterar sua metodologia de ensino e buscar outras práticas paralelas com o que está determinado em seus planos de ensino, mesmo sem orientações pedagógicas externas, não há uma análise coletiva dos resultados dessas avaliações. Identificamos, ainda, que essas avaliações têm trazido práticas antidemocráticas para a sala de aula: estreitamento curricular, pressão sobre o desempenho dos alunos e a preparação para os testes, precarização da formação do professor e destruição moral do professor e do aluno, mesmo que identificada de forma bem simbólica, em nossa pesquisa.