Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Góes, Viviane Borim de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153080
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Resumo: |
O processamento da informação auditiva é item fundamental para a função social, de modo a estar envolvido com domínios cognitivos como a função executiva, memória e linguagem. Isso permite ao indivíduo compreensão da linguagem e contribui posteriormente para expressão da mesma durante a comunicação. Nesse mesmo contexto, durante a situação comunicativa, a mesma é modulada pelo organismo por meio do funcionamento do sistema nervoso autônomo. Esse sistema também se relaciona com a cognição e esta, por sua vez, é fundamental para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. Em tarefa executiva de linguagem ocorre o envolvimento dos domínios cognitivos acima citados. Dessa maneira, sugere-se que o processamento da informação auditiva se relaciona com o controle autonômico da frequência cardíaca e que tarefa executiva de linguagem pode modificar o desempenho dos potenciais relacionados a evento, de modo a representar maior esforço cognitivo, resultando em menor atividade da modulação parassimpática. Objetivos: Investigar a relação entre os potenciais relacionados a evento e a modulação parassimpática da frequência cardíaca antes e após tarefa executiva de linguagem e verificar os efeitos de tal tarefa. Método: Participaram desta pesquisa 42 mulheres saudáveis entre 18 e 30 anos de idade, com ensino médio completo, divididas em dois grupos: fonológico (n=21) e semântico (n=21). Após a colocação da cinta do cardiofrequencímetro na região do processo xifoide, a voluntária foi orientada a permanecer 10 minutos em repouso, sendo realizado os registros da frequência cardíaca. Em seguida, na primeira fase considerada pré-teste, foi iniciado o registro dos potenciais relacionados a evento com estimulação binaural nos parâmetros de frequência (1KHz/ 2KHz) paradigma oddball, concomitante ao registro da frequência cardíaca. Após, na segunda fase considerada teste, a tarefa executiva de linguagem foi realizada por meio do teste de fluência verbal fonológica para o grupo fonológico e teste de fluência verbal semântica para o grupo semântico. Na terceira fase considerada pós-teste, os registros dos potenciais relacionados a evento e da frequência cardíaca foram realizados utilizando os mesmos protocolos descritos na fase pré-teste. Resultados: Houve correlação da latência de P3 com o índice pNN50 no grupo fonológico pós-teste de fluência verbal fonológica (p=0,036). Na comparação dos potenciais relacionados a evento entre os momentos pré e pós-teste, foi observado diferença média e estatisticamente significante entre a latência de P3 após teste de fluência verbal fonológica, no grupo fonológico (p=0,020). Na comparação da modulação parassimpática da frequência cardíaca entre os momentos repouso, pré e pós-teste, houve diferença entre os índices RMSSD (p=0,007), pNN50 (p=0,035) e SD1 (p=0,007) após teste de fluência verbal fonológica, no grupo fonológico. Conclusão: Houve associação entre os potenciais relacionados a evento com a modulação parassimpática da frequência cardíaca após tarefa executiva de linguagem, em específico o teste de fluência verbal fonológica. Este teste, por sua vez, de forma significante, aumentou a latência de P3 e diminuiu a modulação parassimpática da frequência cardíaca. |