Comportamento agronômico do lúpulo (Humulus lupulus L.) em cultivo protegido submetido a irrigações com diferentes faixas de pH da água na região de Botucatu-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Guimarães, João de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192238
Resumo: O cultivo de lúpulo (Humulus Lupulus L) exige um adequado fornecimento de água, principalmente na fase de desenvolvimento, o qual envolve a formação e crescimento dos ramos laterais, florescimento, formação das inflorescências e maturação dos cones. Sabendo da importância do fornecimento de água na fase de desenvolvimento, a irrigação passou a ser utilizada nas áreas de cultivo desde o século XIX. No contexto da irrigação, a qualidade da água é um fator importante e que, quando não se dá a devida atenção, pode causar efeitos deletérios no sistema de irrigação, solo e na planta. O potencial hidrogeniônico (pH) é um dos parâmetros que caracteriza a qualidade de água para irrigação podendo influenciar na microbiologia do solo e no processo de intercâmbio de cátions (solo para a solução e vice-versa). Em virtude da importância da irrigação e dos poucos estudos relacionados ao pH da água da irrigação da cultura do lúpulo, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da irrigação com diferentes faixas de pH da água sob o desenvolvimento agronômico do lúpulo, variedade Cascade, cultivado em ambiente protegido. A pesquisa foi conduzida em casa de vegetação no Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia – DBB da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP, Campus de Botucatu. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizados (DIC) com três tratamentos e dez repetições. Os tratamentos foram constituídos por três faixas de pH da água, sendo: T1 – pH 6 a 6,5, T2 – pH 6,5 a 7 e T3 – 7 a 7,5. Para a obtenção dos tratamentos, soluções de 0,1 mol L-1 de hidróxido de sódio (NaOH) e ácido fosfórico (H3PO4) foram utilizadas para elevar e baixar, respectivamente, o pH da água. As características avaliadas foram: altura de planta (AP), diâmetro do caule (DC), área foliar (AF), biomassa da planta (massa fresca e seca da folha e do caule), índices de crescimento, trocas gasosas, teor nutricional no tecido foliar vegetal, perda de eletrólitos, teor de pigmentos foliares, produtividade e teor de alfa e beta-ácidos. As irrigações com as diferentes faixas de pH promoveram a elevação do pH da solução do solo, influenciaram na disponibilidade, absorção e acúmulo de nutrientes no tecido vegetal foliar e na taxa fotossintética. Consequentemente, afetaram a AP e a produção de matéria seca do caule. Não houve efeito das faixas de pH da água sob o DC, AF, massa fresca e seca da folha, índices de crescimento, perda de eletrólitos e teor de pigmentos foliares. Contudo, houve diferença significativa entre as épocas de avaliação para a perda de eletrólitos, clorofila b e carotenoides totais. A produtividade de cones por planta foi significativamente afetada pelas faixas de pH. Os teores de alfa e beta-ácidos reduziram com o aumento das faixas de pH da água. A faixa de pH da água 6,5 a 7 promoveu a maior disponibilidade de potássio, melhor taxa fotossintética, maiores AP, produção de massa fresca e seca do caule e maior produtividade de cones por planta. Os teores de alfa e beta-ácidos apresentaram maiores valores nas plantas do tratamento 1.