Dialogismo e polifonia na série "O Bairro" de Gonçalo M. Tavares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cardoso, Fabiano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181138
Resumo: A presente tese centra-se na série “O Bairro” de Gonçalo M. Tavares (Luanda, 1970), escritor angolano de família portuguesa que, em decorrência da guerra, mudou-se muito cedo para Portugal com sua família, sendo assim considerado pela crítica um autor português. Seus escritos têm alcançado notoriedade não só em Portugal como também na Europa e no Brasil. Suas publicações têm conquistado muitos prêmios dentro e fora de Portugal. Focaremos nossa análise na coleção “O Bairro”, que é composta por dez narrativas ficcionais, das quais foram selecionadas seis para nosso estudo, a saber: O senhor Brecht (2005), O senhor Juarroz (2007b), O senhor Kraus (2007c), O senhor Walser (2008), O senhor Valéry e a lógica (2012c) e, por último, O senhor Henri e a enciclopédia (2012c). Estas seis narrativas ficcionais são representadas na série “O Bairro” por suas características dialógicas, ou seja, pressupõem um falante e um receptor, causando assim a reciprocidade entre ambos, delineado pelo mínimo entendimento da fala; assim como pelas características polifônicas de seus personagens, pois ela se manifesta nas narrativas ficcionais através das multifaces dos personagens e carrega em si um contraste ao dogmatismo e a o discurso monológico que impera em outros gêneros literários. No século XXI, Tavares lê o mundo através destes aspectos – definições do teórico Bakhtin- que levam seus personagens a lidarem com as situações de vida de uma maneira inusitada, a partir, do fato de cada um tem o seu espaço, o jeito de ser e fazer o que quiserem. Portanto, neste lugar denominado “O Bairro”, “os senhores” serão uma representação do mundo contemporâneo.