Fluoretação das águas de abastecimento público: onze anos de projeto que promove o heterocontrole dos teores de flúor de 40 municípios do noroeste paulista e correlação entre níveis de fluoreto e variações pluviais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Luis Felipe Pupim dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149865
Resumo: Quanto ao uso do flúor na odontologia, a fluoretação das águas de abastecimento público se constitui o método de maior abrangência, além de possuir um baixo custo e ser seguro, porém a análise periódica dos níveis do íon se faz necessária para que se obtenha o máximo benefício na prevenção de cárie e risco mínimo no desenvolvimento de fluorose dentária. O objetivo deste estudo foi analisar o processo de desenvolvimento e as características de um programa em atividade ininterrupta há mais de 11 anos, que realiza o monitoramento do nível de flúor nas águas de abastecimento público, enfatizando a metodologia utilizada na pesquisa; os serviços prestados para as cidades e as especificidades das redes de distribuição de água; produtos gerados com a implementação do projeto; os principais resultados obtidos em seu curso; e sua importância em favor da saúde pública; analisar e comparar a concentração de flúor nas águas de abastecimento público nos períodos de chuva e seca, em fontes de captação de uma localidade onde o íon é natural, no intervalo de 5 anos (2010-2014). Para o desenvolvimento do primeiro capítulo, foram feitas análises documentais e de relatórios do banco de dados do projeto e os resultados das amostras de água. Foi realizado um levantamento das produções intelectuais que o projeto gerou, a análise dos mapas de redes de distribuição de água das 40 cidades do noroeste do estado de São Paulo incluídas no projeto, e apresentação da metodologia de pesquisa. As atividades desenvolvidas no projeto foram descritas com detalhes quanto aos principais aspectos metodológicos, tais como: a forma de estabelecimento de pontos de coleta das amostras; a metodologia laboratorial utilizada para a análise de amostras de água; a experiência extensionista que o projeto oferece a todas as partes envolvidas; os resultados de 11 anos de análise das amostras; os benefícios gerados para os gestores de saúde e os responsáveis pelo tratamento de água; entre outras considerações sobre as cidades. A metodologia adotada pelo projeto permite a identificação de áreas onde a população pode estar exposta a altas concentrações de flúor. De novembro de 2004 a dezembro de 2015, 50,98% das amostras de água de todas as cidades estavam dentro dos parâmetros ideais. Na metodologia do segundo capítulo, a coleta de água (n=2130 amostras) foi feita em pontos previamente estabelecidos de acordo com o número e localização das fontes de captação de água do município de Birigui-SP. As análises foram executadas com um analisador de íons acoplado a um eletrodo específico para flúor. 81,03% das amostras dos poços profundos estavam acima dos teores de flúor recomendados, não estando então na classificação que ofereça o máximo benefício e risco mínimo. Os valores referentes à média, desvio padrão e valores máximos e mínimos foram semelhantes nos dois poços profundos onde o flúor contido é natural. Não houve diferenças estatisticamente significativas nos teores do íon flúor das águas provenientes de poços profundos na comparação dos períodos de chuva e seca.