Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Rogério do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/143853
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Resumo: |
Esta tese foi desenvolvida na linha de pesquisa de Desenvolvimento Humano, Diferença e Valores e parte da discussão sobre o potencial de uso da rede social Facebook por parte dos usuários que interagem com o pesquisador desse trabalho e a maneira como esses usuários aparecem nessa rede social. Nesse sentido, tem-se a preocupação de discutir se há mesmo motivo para se produzir uma tecnofobia em relação à rede virtual, nesse caso norteadora de um comportamento espetacular por parte de seus usuários, ou se prevalece a escolha do usuário quanto à determinação de como esse espaço será utilizado em seu cotidiano? Assim, esta pesquisa tem como objetivo demarcar a representação que o Facebook desempenha na participação dos usuários investigados; estabelecer uma relação entre o papel da técnica e o modo de agir desse usuário do Facebook; identificar os tipos de publicização que predominam em postagens realizadas por esses sujeitos nessa rede social virtual; e, analisar como o espetáculo aparece nessas publicizações e se a ocorrência dessa espetacularização interfere na aparição da vida real no ambiente virtual. Quanto à metodologia, a pesquisa se desenvolveu a partir de uma pesquisa empírica, cujos resultados foram lidos à luz do referencial teórico. A primeira etapa da investigação consistiu na aplicação de um questionário para usuários do Facebook, seguido da observação de perfis, postagens e páginas de grupos ou comunidades. Na segunda etapa, os dados levantados foram analisados à luz dos conceitos da técnica, do espetáculo e da publicização do privado. Diante dessa leitura dos dados empíricos em relação ao referencial teórico, a análise permitiu depreender que o Facebook constitui-se como um canal que ampliou os limites das relações interpessoais, assim como alterou o modo como a interação se efetiva entre as pessoas sem a barreira física do espaço e do tempo. No que se refere à relação entre o Facebook e a técnica, as atividades no espaço são marcadas por acontecimentos efêmeros, ações ambíguas e um comportamento autômato do usuário. Quanto ao espetáculo na rede social, tem-se um superdimensionamento da exposição da intimidade, marcado pela necessidade de se mostrar e ser mostrado. Enquanto a publicização do privado consiste no desaparecimento do espaço privado e a migração das ações desse espaço para o ambiente público, agora palco para a construção da personalidade individual. Ao final, conclui-se que o Facebook não substitui o espaço público, mas permite que as ações do mundo físico sejam dimensionadas no ambiente virtual, porém as ações ali ocorridas são consequências do modo de ação contemporâneo e não criadas ou determinadas pelo Facebook. É o sujeito que leva para a página virtual o comportamento já praticado em seus grupos sociais físicos. |