Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Archangelo, Rosemeire Marques Ribeiro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154988
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Resumo: |
Os conflitos interpessoais estão presentes no cotidiano escolar e muitas vezes acabam por serem desencadeadores das microviolências e da violência desse cotidiano. O Governo do Estado de São Paulo propõe, por meio da Resolução SE 19/2010, a introdução, nas escolas paulistas, de um profissional, o Professor Mediador Escolar Comunitário (PMEC), com o objetivo de mediar os conflitos no ambiente escolar, pautado na justiça Restaurativa (JR), de implantação e desenvolvimento de Projetos Transversais preventivos da violência e de aproximação da escola com as instituições da Rede de Garantia de Direitos à Criança e Adolescentes, para que o clima relacional dentro das unidades melhore. Deste modo, esta pesquisa propõe um estudo exploratório de abordagem qualitativa, tendo como referencial metodológico a pesquisa documental e, como complemento aos dados, entrevista semiestruturada em duas escolas públicas estaduais de Ensino Fundamental II no interior paulista. Uma das unidades escolares que possui em seu quadro de servidores o PMEC e outra que não possui. Propõe analisar o conteúdo dos Livros de Ocorrências Escolar (LOE), assim como nos Regimentos internos e nas Propostas Pedagógicas quais trabalhos as escolas têm realizado na prevenção e intervenção nas relações de convivência, de conflitos interpessoais, nas microviolências e violência escolar. Busca, ainda, analisar se a escola que possui esse profissional no quadro de servidores ameniza de forma qualitativa as violências e as microviolências do cotidiano escolar quando comparada com a que não conta com esse servidor e qual o impacto ao exercício da cidadania. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo na perspectiva de Bardin (2004). Os dados evidenciaram que o trabalho com a Justiça Restaurativa não ocorre na escola pesquisada, assim como a introdução desse profissional não contribuiu com a diminuição das microviolências escolares, que a escola ainda necessita de instrumento de punição para a resolução das mesmas e tem na suspensão do aluno das aulas a grande estratégia de trabalho. Mostrou também que os projetos existentes na escola são burocráticos e a forma como ela faz as intervenções nos conflitos a transforma em produtora de violência e a mesma não tem consciência disso. E, finalmente, que diante da inexistência de um trabalho sistematizado, dialógico, de participação de um projeto de escola, ela, a instituição, negligencia a sua finalidade que consiste na formação para exercício da cidadania plena. |