Pomada de óxido de zinco versus hidrogel no tratamento de úlcera crônica de pessoas com sequelas de hanseníase: estudo clínico randomizado do tipo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bernardo, Regina Maldonado Pozenato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/186336
Resumo: As úlceras cutâneas crônicas de origem neuropática secundárias à hanseníase são de difícil resolução e onerosas ao sistema público de saúde e aos pacientes acometidos. Há coberturas de alta tecnologia para o tratamento das úlceras, entretanto, são de custo elevado. Desta forma, faz-se necessário identificar tratamento que possa ser usado nessa população, buscando minimizar ou regredir completamente a úlcera e que seja de baixo custo. Objetivo: Avaliar a viabilidade de um protocolo para uso da pomada de óxido de zinco nas concentrações a 20% e 25% comparada ao hidrogel, no tratamento de úlcera crônica de perna de pessoas com sequelas de hanseníase e propor instrumento de acompanhamento de pacientes em tratamento de úlceras crônicas. Método: Estudo clínico pragmático, do tipo piloto, randomizado com três braços paralelos, aberto em relação ao controle (hidrogel) e cego entre os dois grupos de intervenção, a saber: óxido de zinco a 20% e 25%. A população do estudo foi constituída por pacientes atendidos nos ambulatórios do Instituto Lauro de Souza Lima, portadores de úlceras de perna, que já concluíram o tratamento para a hanseníase e a amostra constituída por 12 pacientes com 36 úlceras. Como desfechos primários foram avaliadas as taxas de adesão, recrutamento e de eventos adversos. O desfecho secundário foi a avaliação da eficácia das intervenções por meio da avaliação inicial e evolução da úlcera, empregando-se a Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH) e a mediana da área em cm2. Resultados: Quatro participantes com 11 úlceras foram incluídos no grupo hidrogel, seis participantes com 20 úlceras no grupo do óxido de zinco 20% e dois participantes com cinco úlceras no grupo do óxido de zinco 25%. A média de idade dos pacientes foi de 61,4 anos (±8,8), a metade era do sexo masculino e a maioria possuía menos que oito anos de estudo (80,0%). As taxas de recrutamento, adesão dos participantes aos produtos indicados, aos retornos para as reavaliações e eventos adversos associados aos produtos foram, respectivamente, 44,4%, 91,7%,100% e 8,3%. Quanto à eficácia, não houve diferença entre os grupos em relação à evolução da área, entretanto, o grupo controle apresentou maior redução da escala PUSH (p<0,02). Dentre as dificuldades de aplicação do protocolo de pesquisa, destacaram-se as relacionadas ao instrumento de coleta de dados com destaque para a avaliação da área da úlcera. Tendo-se em vista a experiência de emprego do formulário de coleta de dados do estudo piloto, foi criado como produto o ebook intitulado Instrumento para desenvolvimento do Processo de Enfermagem no acompanhamento de pacientes com úlcera de perna secundária à hanseníase, que pode ser acessado no link https://drive.google.com/file/d/1HE1unzlDBmehsDADsBmRHWVxM8G9FQbT/view. Conclusão: o estudo permitiu concluir que há viabilidade de emprego do protocolo analisado, sugerindo ajustes na forma de obtenção e pontuação do escore relacionado à maior medida da área da úlcera. Devido à baixa taxa de recrutamento, deve ser considerado o desenvolvimento do estudo futuro em mais de um centro pesquisador.