Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Velozo, Bruna Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150165
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Resumo: |
A infecção de sítio cirúrgico é a complicação mais frequente em pacientes cirúrgicos e sua incidência pode ser diminuída com a profilaxia antimicrobiana realizada adequadamente. Sua importância na prevenção dessa infecção tem se tornado um tema relevante e emergencial para uma assistência adequada e segura. Este estudo objetivou avaliar o uso adequado da profilaxia antimicrobiana e a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico de acordo com protocolo da Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (CCIRAS). Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, com seguimento de trinta dias em hospital de ensino do interior de São Paulo, Brasil. Para elegibilidade da amostra foram selecionados pacientes acima de 18 anos submetidos a cirurgias de todas as especialidades cirúrgicas, sejam eletivas e de urgência/emergência, que receberam profilaxia antimicrobiana. A coleta de dados foi através de software desenvolvido para este fim que comparou a profilaxia antimicrobiana realizada com a preconização do protocolo instituicional, identificando os acertos e inadequações para cada item avaliado. A infecção de sítio cirúrgico foi avaliada pela CCIRAS do hospital, a qual realiza a vigilância dos pacientes pós-alta através de ligações telefônicas. A amostra constituiu de 415 pacientes com cirurgias principalmente eletivas. A conformidade com todos os quesitos avaliados da profilaxia antimicrobiana foi de 1,7%. Verificamos que a cada inadequação da profilaxia antimicrobiana no intraoperatório a razão de chance de infecção de sítio cirúrgico aumentou 60% e para o seguimento até o pós-operatório a mesma foi de 39%. A incidência de pacientes diagnosticados com infecção de sítio cirúrgico foi 3,6% ainda na internação e 5,8% após a alta, demonstrando significância de maior tempo de internação para pacientes com essa infecção, assim como desfecho de óbito para os que permaneceram internados. Nosso estudo corrobora a outros brasileiros e de países em desenvolvimento na avaliação geral da profilaxia antimicrobiana, porém a infecção de sítio cirúrgico é ainda uma preocupação na Europa e EUA, sendo a segunda maior infecção associada à assistência à saúde. A inadequação mais evidente foi ausência de repique ou não realização do mesmo, em que alguns estudos também retrataram como dificuldade de cumprimento em suas auditorias. A avaliação da profilaxia antimicrobiana é imprescindível na detecção de inconformidades com protocolos. Nosso estudo demonstrou a inferência das inadequações da profilaxia e fatores associados ao desfecho de infecção de sítio cirúrgico e também permitiu elucidar como ocorre essa prática de forma global em hospital de ensino de grande porte. É necessário realizar feedback às especialidades cirúrgicas a fim de que que haja maior aderência ao protocolo instituicional com vistas à qualidade da assistência ao paciente e diminuição da incidência dessa infecção. |