Além da farda: explorando a presença de pessoas LGB nas Forças Armadas do Brasil e da Argentina no século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva, Ríllari Ferreira Castro e [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260897
http://lattes.cnpq.br/7046806938915017
Resumo: Essa pesquisa tem como tema geral a presença de pessoas abertamente LGB (lésbicas, gays e bissexuais) nas Forças Armadas da Argentina e do Brasil no século XXI. A partir da compreensão de que as Relações Internacionais são impactadas diretamente pela estrutura de gênero e sexualidade socialmente imposta, buscamos compreender como essas mesmas estruturas têm impactos na formação e consolidação da identidade das Forças Armadas. Argumentamos que a identidade das Forças Armadas é influenciada por características relacionadas à masculinidade hegemônica, além de que essas constituem uma instituição de gênero. A masculinidade hegemônica é associada a padrões heteronormativos que, por consequência, impedem que pessoas LGB estejam de forma aberta nas Forças Armadas. Para entender a relação entre as Forças Armadas e a masculinidade, a pesquisa considera a evolução histórica e a formação das Forças Armadas brasileiras e argentinas, bem como as dinâmicas de poder e hierarquia que prevalecem dentro dessa instituição. Através da análise conjunta dessas três questões e por meio da metodologia de process tracing, a pesquisa tem o objetivo de analisar a presença da população abertamente LGB nas Forças Armadas da Argentina e do Brasil no século XXI. A partir disso, elencamos a hipótese de que, devido à masculinidade hegemônica, as Forças Armadas de ambos os países veem a não normatividade heterossexual como empecilho ao trabalho militar. Também levantamos a hipótese de que as disposições militares além de reforçarem a exclusão de pessoas LGB, postulam que essas não devem tratar abertamente da própria orientação sexual. Ao longo do estudo, ambas as hipóteses foram confirmadas.