Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, João César da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192521
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Resumo: |
A podridão negra, causada por Xanthomonas campestris pv. campestris (Xcc), é considerada a doença bacteriana mais importante das brássicas no mundo. Apesar dos esforços para o manejo, sua ocorrência é comum em cultivos de brássicas. O conhecimento dos nichos de sobrevivência e mecanismos de disseminação de Xcc são de extrema importância para o manejo eficiente da podridão negra. Este trabalho avaliou a sobrevivência de Xcc em nichos ecológicos, assim como o potencial de disseminação da bactéria por insetos. Para identificar as plantas daninhas que podem favorecer a sobrevivência epifítica de Xcc, assim como novas hospedeiras sintomáticas da bactéria, coletas foram realizadas em seis campos de cultivo de brássicas do estado de São Paulo, em 2017 e 2018. A capacidade endofítica do isolado 3098C de Xcc, resistente a rifampicina, foi avaliada em quatro experimentos em casa de vegetação, entre 2017 e 2019, utilizando-se 23 espécies de plantas daninhas e dois métodos de inoculação. Em campo, quatro experimentos foram instalados entre 2017 e 2019 para avaliar a sobrevivência de Xcc na filosfera e rizosfera de 20 espécies de plantas cultivadas. A sobrevivência do isolado 3098C na rizosfera do repolho cultivado em seis tipos de solos também foi avaliada, em quatro experimentos. Além da sobrevivência, a disseminação de Xcc por Bemisia tabaci e Myzus persicae foi avaliada em experimentos em condições controladas. Como resultados, 30 espécies de plantas daninhas de 14 famílias botânicas foram coletadas dos seis campos de cultivo de brássicas, sendo Xcc recuperada da filosfera de 25 espécies. Em plantas sintomáticas, a bactéria foi isolada de Bidens pilosa (picão preto), Coronopus didymus (mentruz rasteiro), Galinsoga parviflora (picão branco), Ipomoea nil (corda de viola), Lepidium virginicum (mentruz), Raphanus raphanistrum (nabiça), Raphanus sativus (nabo forrageiro) e Sonchus oleraceus (serralha). Nos experimentos em casa de vegetação, Xcc foi recuperada de todas as plantas daninhas, porém os períodos de sobrevivência endofítica variaram entre as espécies. A presença de ferimentos pode ter favorecido a sobrevivência endofítica de Xcc nos tecidos de algumas espécies. Na filosfera das plantas cultivadas, a bactéria sobreviveu por até 70 dias no repolho, tomate, trigo, aveia preta, nabo forrageiro e pimentão, por até 63 dias em abóbora e mostarda, e por até 56 dias no feijão. Na rizosfera das plantas cultivadas, Xcc apresentou baixa sobrevivência em comparação ao solo na ausência de plantas para a maioria das espécies avaliadas, sendo o maior período de sobrevivência observado na rizosfera do repolho (70 dias). Baixa sobrevivência da bactéria ocorreu na rizosfera do repolho quando cultivado em diferentes solos. Bemisia tabaci e M. persicae aparentemente não estão envolvidos na disseminação de Xcc. |