Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santana, Roseli Regina Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183663
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Resumo: |
Esta pesquisa se desenvolveu na perspectiva da Psicologia da Educação Matemática e buscou investigar o desenvolvimento do pensamento algébrico face às crenças de autoeficácia, as atitudes em relação à Matemática e ao conhecimento matemático especializado para o seu ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Buscou, também, analisar possíveis relações e influências de aspectos afetivos na solução de problemas algébricos, com foco na capacidade de generalização, cerne do desenvolvimento do pensamento algébrico. A investigação foi ancorada numa abordagem mista, quanti-qualitativa, fundamentada nos estudos de Creswell e Park (2013). Os participantes da pesquisa foram 128 estudantes do curso de Pedagogia (pre-service) de instituições privadas e 119 professores (in-service) dos anos iniciais, da rede pública de ensino. Para tanto, os instrumentos utilizados para essa investigação contaram em sua primeira etapa com um questionário para caracterização dos participantes, sendo um para os pre-service e outro para os in-service; uma Escala de Atitudes traduzida e validada por Brito (1996); um questionário estruturado em duas subescalas do tipo likert, uma sobre as crenças de autoeficácia dos participantes em relação ao conhecimento especializado para o desenvolvimento do pensamento algébrico e a outra para o ensino desse pensamento matemático nos anos iniciais. Na segunda etapa da pesquisa, foram selecionados três pre-service e três in-service considerando suas pontuações nas escalas (abaixo, mediano e acima do ponto central) para uma entrevista semiestruturada e solução de problemas algébricos formulados de acordo com algumas habilidades requeridas para a unidade temática Álgebra nos anos iniciais, propostos na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) e da Série X, de Krutetskii (1976), contemplando a generalização e a composição de equações usando os termos de um problema. A análise das transcrições de gravações de áudio foi realizada pelo método “Pensar em voz alta”, de Brito (2002). Os participantes foram convidados a relatar o que pensavam enquanto resolviam os problemas algébricos, a fim de analisarmos a influência das atitudes e crenças de autoeficácia no julgamento de suas capacidades na persistência, empenho, conhecimento especializado e predisposição para o ensino. A análise dos dados, em suas diferentes etapas, evidenciou que: 1) os pre-service apresentaram ter atitudes negativas em relação à Matemática, enquanto os in-service, positivas; 2) quanto às crenças de autoeficácia para o conhecimento especializado e ensino do desenvolvimento do pensamento algébrico mostraram-se positivas nos dois grupos, apesar dos in-service serem crenças mais positivas; 3) os participantes se sentiram menos seguros para o ensino do pensamento algébrico do que quanto ao conhecimento de conteúdo curricular, embora revelassem conhecer pouco a respeito de elementos conceituais e pedagógicos, bem como os caracterizadores desse pensamento matemático. Além disso, alguns fatores identificados influenciaram tais atitudes e crenças, tais como: idade, tempo de magistério, reprovação, julgamento do seu desempenho nas aulas de Matemática, formação inicial, possuir pós-graduação, entre outros que destacamos no estudo. Esperamos que essa pesquisa de mestrado contribua para a desconstrução de práticas da formação inicial e continuada de professores e futuros professores dos anos iniciais, ressignificando o ensino para o desenvolvimento do pensamento matemático, em especial o algébrico, sob o viés de aspectos cognitivos e afetivos inerentes ao professor e alunos, dando voz e vez à Matemática que se deseja ser ensinada para todos nas escolas públicas do país e assim caminharmos para o ensino de Matemática significativo e consciente, garantindo de fato os direitos de aprendizagens dos estudantes. |