O retorno à comunidade: paradoxos do individualismo contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barci, Ana Laura Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182066
Resumo: Podemos afirmar que quatro fatores conectados entre si influenciaram a formação das cidades contemporâneas, sendo eles: as mudanças tecnológicas, a internacionalização, a concentração de renda e a privatização da esfera pública. Partindo desses princípios, este estudo buscou analisar como as cidades médias do interior de São Paulo inserem-se nestas transformações, tendo Franca como locus empírico, e sugere que o crescente fenômeno dos condomínios fechados é intrínseco ao modelo urbano contemporâneo adotado pela maioria das cidades brasileiras. Por uma suposta má qualidade de vida urbana, pessoas buscam segurança, isolamento e maior contato com a natureza nos espaços residenciais fechados e controlados pela iniciativa privada. Contudo, além da falta de legislação pertinente no âmbito nacional para legitimar esses espaços, tal fenômeno tem sido criticado por seu caráter excludente e fragmentário em relação ao resto da cidade. A hipótese levantada por essa pesquisa é a de que o ideal de mundo harmônico, oferecido pelos condomínios fechados, não se realiza e que o projeto destes, realizado pelas incorporadoras, constitui um dano à vida pública, à cidade e à civilidade. Para tal investigação, utilizaram-se os métodos do discurso crítico e análise da mídia, publicidades das incorporadoras, notícias e documentos legislativos.