Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Neviani, Marcos Rafael da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/143917
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Resumo: |
O trabalho tem por objetivo analisar o romance A fúria do Corpo, de João Gilberto Noll, para desvendar os principais caminhos da construção da narrativa, que levam à caracterização de sua linguagem poética. Para tanto, apoia-se, fundamentalmente, em três conceitos de Walter Benjamin: experiência, barbárie e linguagem. O primeiro conceito permite enquadrar a prosa do autor nas molduras narrativas contemporâneas, tendo como centro um narrador-protagonista problematizado em seus dois papéis: como personagem e narrador. Na esfera do primeiro, destacam-se os conflitos vivenciais projetados por uma vida errante, desgarrada do passado e esvaziada no presente pela falta de identidade e qualquer vínculo social. No plano enunciativo, sobressai a dificuldade de narrar associada à falta de experiências significativas decorrentes dessa condição marginalizada e degradada de vida. O segundo conceito, barbárie, projeta o papel do narrador sobre o corpo do personagem, uma vez que é esse o elemento que o identifica como último resquício de sua parca humanidade. Dessa maneira, o “narrador bárbaro” retira das ruínas e fragmentos dessa vida a matéria com que constrói o corpo da narrativa e o seu discurso. Por meio do conceito de linguagem, demonstra-se como esse narrador transfigura a linguagem decaída de sua vida grotesca e mundana em linguagem divina. Resgatado a esse patamar pelo trabalho linguístico, a enunciação eleva o plano dos personagens a um patamar mítico e a linguagem a uma esfera sagrada e poética. Dessa maneira, a própria narrativa, por meio do seu corpo discursivo, transforma-se de uma aventura mundana em uma reescritura mítica, fazendo de sua linguagem o principal procedimento da conquista poética. |