Olhares sobre os afetos no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa de jovens com Síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lara, Sara Veloso [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259471
https://orcid.org/0000-0002-8251-0391
Resumo: Ensinar uma língua estrangeira para indivíduos com Síndrome de Down (SD) é tarefa desafiadora e demanda dos professores competências pedagógicas e socioafetivas que envolvem grande sensibilidade para reconhecer as necessidades específicas daqueles. Associado a isso, soma-se o fato de que, no contexto pandêmico, no qual as aulas aconteceram em ambiente virtual, foi necessário que o/a professor/a estivesse ainda mais atento/a às demandas específicas dos alunos e aos seus afetos, para que fossem criadas estratégias pedagógicas individuais, que pudessem contribuir para atenuar as dificuldades desses alunos. No contexto desta pesquisa, era necessário, além disso, fomentar as potencialidades dos aprendizes, visto que cada indivíduo com SD responde de forma singular às suas limitações. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo analisar e caracterizar os afetos emergentes da interação triádica professora-família-alunos, priorizando os afetos dos aprendizes e investigando de que forma tais elementos repercutem na aprendizagem da língua inglesa (LI). Para tanto, foram utilizados os pressupostos teóricos de Vygotsky (1998; 2001; 2003) para fundamentar reflexões sobre o processo de interação entre professor-alunos e sobre a Zona de Desenvolvimento Iminente (ZDI), os pressupostos de Buckley (2002; 2004); Baüml (2007) e Tavares et. al (2021) para sustentar as discussões acerca da aprendizagem de uma segunda língua para pessoas com SD e, por fim, os postulados de Buckley e Bird (1994); Schartzman (2003) que embasaram as análises de aspectos afetivo-cognitivos dos participantes. O contexto de pesquisa consistiu em aulas realizadas em três fases distintas: na primeira, as aulas eram presenciais da professora-pesquisadora e seis alunos, sendo quatro da APAE de Capitólio-MG e dois da APAE-MG de Piumhi-MG. Na segunda fase, as aulas passaram a ser remotas, devido à disseminação da pandemia da COVID-19, com a participação de dois alunos de Piumhi-MG. Por fim, na terceira fase, as aulas voltaram a ser presenciais, com os dois alunos de Piumhi, devido à atenuação dos casos de infecção pelo vírus. Na primeira fase, foram utilizados questionários semiestruturados; entrevistas semiestruturadas, assistidas e gravadas; diário de bordo da pesquisadora; flashcards. Na segunda fase, gravações das aulas, entrevistas semiestruturadas assitidas e gravadas; diário de bordo da pesquisadora; jogos online, slides; youtube; objetos concretos. Por fim, na terceira fase, foram utilizados roteiros de entrevistas semiestruturadas, assistidas e gravadas; diário de bordo da pesquisadora; jogos online; exercícios impressos. Os resultados da pesquisa revelaram afetos favoráveis e afetos desafiadores para os alunos em relação à professora e à aprendizagem da LI, além de que algumas situações contribuíram para a transformação dos afetos de uma natureza em outra e que os procedimentos metodológicos específicos adotados com cada aluno fizeram emergir relações afetivas singulares entre professor e alunos e destes com a língua.