Vocabulário receptivo e expressivo de crianças com Síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ferreira, Amanda Tragueta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01062011-085159/
Resumo: É previsto que o desenvolvimento global das crianças com síndrome de Down (SD) ocorra com atraso, repercutindo nas habilidades cognitivas, sociais, de autocuidados, motoras e linguísticas. As diferenças significativas no padrão usual de aquisição de linguagem de crianças com SD ainda não foram totalmente dimensionadas. Apesar do extenso corpo de conhecimento sobre a SD e desempenho comunicativo, principalmente no âmbito internacional, há consideráveis lacunas para a compreensão destes processos. A proposição deste estudo foi verificar e analisar o desempenho de vocabulário receptivo e expressivo de crianças com SD e comparar com o desempenho de crianças com desenvolvimento típico (DT) pareados pela idade mental (Stanford-Binet) e sexo. Cumpriram-se os aspectos éticos. Participaram do estudo 20 crianças com SD (grupo experimental - GE), de ambos os sexos, com idade cronológica variando entre 36 e 71 meses e 20 crianças com DT (grupo controle - GC), com idade cronológica variando entre 13 e 44 meses. Foi realizada entrevista com os responsáveis e aplicado o Inventário de Desenvolvimento de Habilidades Comunicativas MacArthur (MacArthur). Os procedimentos de avaliação utilizados foram a Observação do Comportamento Comunicativo (OCC), o Teste de Vocabulário por Imagens Peabody (TVIP), o Teste de Linguagem Infantil ABFW Vocabulário Parte B (ABFW) e o Teste de Screening de Desenvolvimento Denver II (Denver II). O tratamento estatístico foi realizado com utilização de testes paramétricos e não paramétricos. Os resultados apontaram diferença estatisticamente significante entre o desempenho do GE e GC para todos os testes aplicados, exceto para a área pessoal-social e motora grossa do instrumento Denver II e para vocabulário expressivo do MacArthur. Em relação às habilidades receptivas e expressivas, o desempenho em vocabulário receptivo foi melhor do que no vocabulário expressivo para ambos os grupos. Na correlação entre os instrumentos aplicados, não foi encontrada correlação estatisticamente significante para desempenho no MacArthur e TVIP para GC e GE e no Denver II e TVIP apenas para GC. Ao analisar o desempenho de crianças com SD verificou-se alteração quanto ao vocabulário receptivo e expressivo. Ao comparar o desempenho das crianças com SD com crianças com DT, pareadas quanto ao sexo e idade mental, verificou-se que as crianças com SD apresentaram desempenho inferior quanto ao vocabulário receptivo e expressivo, com distinções em seus padrões de respostas.