Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Maia, Carolina Nogueira de Moraes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151537
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Resumo: |
As células-tronco de origem mesenquimal provenientes do tecido endometrial (CTMsE) e seu meio condicionado (MC) apresentam propriedades terapêuticas, e são alternativas promissoras para estudos na medicina veterinária. Estudos envolvendo CTMsE e seu MC ainda são considerados escassos na espécie bovina até o presente momento. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de diferenciação, perfil imunofenotípico, estabilidade cromossômica, eficiência de clonicidade, resposta à criopreservação das CTMsE de bovinos coletadas em duas fases do ciclo estral. Adicionalmente, avaliar o secretoma, produção de citocinas e de prostaglandina E2 (PGE2) das CTMsE estimuladas ou não com lipopolissacarídeo (LPS) bacteriano. Para tanto, foi colhido o útero de fêmeas hígidas (Fase II n=6/ Fase III n=6) para o isolamento das CTMsE por digestão enzimática. CTMsE em primeira passagem foram avaliadas quanto ao número de cromossomos e as em segunda passagem foi conduzido o ensaio de clonicidade. As CTMsE em terceira passagem (P3) foram submetidas a diferenciação nas linhagens adipogênica, condrogênica e osteogênica e caracterizadas em relação ao perfil imunofenotípico por citometria de fluxo (CF) (vimentina, CD29, CD44, MHC-II, CD34) e imunocitoquímica (vimentina e CD44). Adicionalmente, as CTMsE em P3 foram criopreservadas utilizando-se dois meios de criopreservação e avaliadas por CF antes e após a criopreservação. Para avaliação da produção de citocinas, PGE2 e análise do secretoma, o MC das CTMsE foi colhido após 2, 6, 12 e 24 horas de desafio (grupo tratado - GT) ou não (grupo controle - GC) com LPS bacteriano. As proteínas identificadas foram classificadas de acordo com os processos biológicos, função molecular, componente celular e classe proteica. De acordo com os resultados foi observado uma população celular homogênea, com morfologia fibroblastóide e aderente ao plástico. Na análise por CF as CTMsE expressaram elevada marcação para CD29, CD44 e vimentina, baixa marcação para CD34 e ausência de expressão para o marcador MHC-II. Ainda, apresentaram estabilidade cromossômica, alta eficiência de clonicidade e diferenças (P>0.05) na produção de citocinas e PGE2 após desafio ou não com LPS. Diferenças não foram observadas (P>0.05) entre os meios ou fase após o descongelamento. Foram identificados 397 grupos de proteínas no GT e 302 no GC. Houve um enriquecimento positivo para proteínas relacionadas à resposta antibacteriana, ativação dos macrófagos, atividade de hidrolase e enzimas inibitórias no GT, e moléculas de atividade estrutural e filamentos intermediários no GC. Pode-se concluir que as CTMsE de bovinos apresentam nas condições experimentais clonicidade, multipotencialidade, estabilidade cromossômica e satisfatória resposta à criopreservação, o que corrobora para o estabelecimento de bancos de células para uso terapêutico ou novos estudos in vitro. Adicionalmente, tais células respondem ao LPS na concentração utilizada, por meio da produção de citocinas, podendo este modelo ser utilizado para avaliação da resposta inflamatória. Ainda, a secreção de proteínas principalmente relacionadas ao remodelamento, resposta imune e angiogênese fazem destas células e de seus meios, promissores para futura aplicação na terapia celular. |