Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Estela Rose |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-10112014-154946/
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Resumo: |
Em bovinos , as flutuações nas concentrações de estradiol (E2) e progesterona ( P4) que ocorrem em torno do estro modulam a expressão gênica do endométrio, a composição histotrofo, o desenvolvimento do concepto e assim afetam o resultado da prenhez. Durante o ciclo estral, ações endócrinas bem orquestradas afetam o endométrio bovino (BAUERSACHS et al., 2005). No presente trabalho, a hipótese sustentada é que alterações endócrinas associadas ao crescimento e ovulação de folículos de diferentes tamanhos modulam a distribuição espacial das transcrições no trato reprodutivo de vacas da raça Nelore. O crescimento folicular de vacas Nelore multíparas e não lactantes foi farmacologicamente manipulado a fim de gerar grupos com folículos pré-ovulatórios e subsequente corpo lúteo (ou seja, diferentes ambientes endócrinos periovulatórios) grande (FG CLG; n = 6) ou pequeno (FP CLP, n = 6). Os animais foram abatidos, sete dias após a indução da ovulação e fragmentos das regiões anterior, média e posterior de ambos os cornos uterinos e da vagina foram coletados para a avaliação de expressão gênica por PCR quantitativo. A expressão gênica foi normalizada utilizando os genes referência ciclofilina A e beta actina, como indicado pelo software GeNorm. Os dados foram analisados utilizando-se o procedimento PROC MIXED do SAS (versão 9.2; Instituto SAS) em dois modelos independentes. O primeiro modelo incluiu os efeitos de grupo (FG CLG e FP CLP), lado do corno uterino (ipsolateral ou contralateral ao ovário contendo o CL) e sua interação, o segundo modelo incluiu os efeitos de grupo, região (anterior, médio e posterior) do corno ipsolateral e suas interações. Vacas do grupo FP CLP apresentou maiores folículos pré-ovulatórios e concentrações de E2 durante proestro e maiores CL e níveis de P4 no diestro inicial, quando comparados com os do grupo FP CLP. Animais do grupo FP CLP apresentaram uma maior abundância de transcritos que codificam o receptor de E2 (ESR2; 130%), a aldo-ceto redutase família 1, membro C4 (AKR1C4; 232%), a lipoproteína lipase (LPL; 116%), o carreador de soluto família 2, membro 1 (SLC2A1; 24%) e inibidor da peptidase da serina, subtipo A, membro 14 (SERPINA14; 75%). Por outro lado, a expressão de genes que codificam o receptor de P4 e receptor de oxitocina foi regulada positivamente no tecido endometrial do grupo FP CLP (36 % e 966 %, respectivamente). Além disso, a abundância da transcrição desse genes foi maior no corno contralateral ao CL. Além disso, a região anterior do corno uterino ipsolateral apresentou aumentada expressão de PGR, ESR2, LPL, SLC2A1 e SERPINA14 em comparação com a região posterior. Com exceção da OXTR que apresentou interação grupo e lado, não houve interações grupo por lado ou região. Não houve efeito de grupo sobre a expressão de qualquer um dos genes na vagina. Em conclusão, o presente estudo mostrou que o padrão de expressão de genes específicos em resposta variou quanto a grupo e entre as regiões do trato reprodutivo de fêmeas bovinas. No entanto, os distintos ambientes endócrino periovulatórios não afetaram a distribuição regional de transcritos. |