Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Destefani, Silvia Andréa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149829
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Resumo: |
Introdução: A osteoporose representa um problema de saúde pública em todo o mundo, acometendo particularmente a população feminina acima dos 50 anos de idade. A perda óssea que ocorre com o processo de envelhecimento é devida a várias causas, mas pode ser agravada pelo fornecimento inadequado de nutrientes essenciais para a formação e manutenção do tecido ósseo. Todavia, pouco se sabe sobre o perfil nutricional dos grupos populacionais de risco para a osteoporose, bem como sobre a relação entre esse perfil e parâmetros relacionados à saúde óssea. Objetivos: Avaliar a associação entre dieta recente e saúde óssea, especificamente densidade mineral e marcadores de remodelação ósseos, em um grupo de pacientes do sexo feminino, com mais de 60 anos de idade. Métodos: Foi realizado estudo observacional e transversal, com um grupo de 105 mulheres idosas quanto a características dietéticas, densitométricas e quanto a marcadores de remodelação óssea, investigando a presença de relação entre esses parâmetros. As características dietéticas avaliadas foram: a ingestão de macronutrientes e energia, dos minerais cálcio (Ca) e fósforo (P), das vitaminas A, D, E e K, de alimentos, por grupos alimentares, bem como a qualidade da dieta. A densidade mineral óssea (DMO) foi avaliada em colo de fêmur, fêmur total e coluna lombar, sendo considerados a DMO, em g/cm2, e o desvio padrão em relação ao adulto jovem (T-escore). Foram avaliadas as concentrações séricas dos marcadores de remodelação fosfatase alcalina – fração óssea (FAo) e C-telopeptídeo (CTX). Resultados: Com relação à qualidade da dieta, 58 pacientes (55,2%) apresentaram má qualidade e 47 (44,8%) necessitaram de melhorias, não tendo sido observado pessoas com dieta de boa qualidade. O grupo necessitando de melhorias apresentou concentrações menores de CTX [0,35 (0,05;1,09) vs 0,52 (0,10;1,45); p= 0,03)] e FAo (38,7 ± 12,9 U/L vs 46,10 ± 15,2 U/L; p< 0,01) do que o com dieta de má qualidade. Não foram observadas diferenças entre os grupos com relação à DMO (p> 0,05). Na análise univariada, foram observadas correlações, negativa entre o consumo de leite/derivados e as concentrações de FAo (r= -0,20, p= 0,04), e positiva entre o de legumes/verduras e as de CTX (r= 0,21, p= 0,03), que não se mantiveram na multivariada. Não foram encontradas outras associações significantes entre os demais parâmetros avaliados. Conclusões: Observou-se relação entre a dieta recente e saúde óssea. As pacientes com pior qualidade da dieta apresentaram maiores concentrações de marcadores de remodelação óssea, com a ingestão de leite/derivados tendo apresentado associação negativa com FAo e a de legumes/verduras positiva com CTX, na análise univariada, associações que não se mantiveram na análise multivariada. Não foram observadas associações da DMO ou dos marcadores de remodelação com a ingestão de macronutrientes, minerais Ca e P ou vitaminas A, D, E e K. |