Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dias, Wellington Durães [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/259508
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Resumo: |
Esta dissertação tem como tema central a Exposição Internacional de Artes e técnicas da vida moderna de paris em 1937. De forma semelhante à exposições antecessoras, a feira de 1937 também foi pautada pela necessidade de propor soluções para problemas de diversas ordens de sua época, fossem eles de origem econômica, social, político ou cultural. O método empregado baseava-se na divulgação, por meio do espetáculo e do entretenimento, de elaboradas mensagens ideológicas a respeito dos valores da identidade nacional francesa e do futuro potencial da nação. No entanto, o contexto internacional da década de 1930 impôs desafios particulares para os organizadores desta exposição. O período foi marcado por uma crise econômica de imensas proporções, a qual colocou tanto o modo de produção capitalista em xeque quanto promoveu a derrocada da democracia representativa como forma de governo entre Estados de todo o planeta. A perda da validade universal do liberalismo político e econômico coincidiu com a ascensão das massas e do nacionalismo, o qual culminou numa escalada bélica que conduziria em poucos anos à segunda guerra mundial. A repercussão destes fenômenos na França manifestou-se por meio de uma profunda divisão política interna e pela rejeição generalizada da modernidade. Se o cenário francês não era tranquilo, tão pouco o brasileiro, marcado pela tomada do poder por Getúlio Vargas e pelo golpe do Estado Novo. O estado brasileiro, presença cativa nestas exibições desde o século XIX, também participou da exposição e se fez representar por meio da construção oficial de um pavilhão nacional. Da mesma forma que a França, os organizadores da participação brasileira tinham seus próprios desafios para lidar em relação ao papel que o Brasil desempenharia no teatro das nações. Esta dissertação tem como objetivo analisar como a exposição de 1937 - conflituosa e inconsistente, graças as disputas entre seus participantes e organizadores pela definição de modernidade, progresso e identidade nacional nas exibições e planos arquiteturais – assinalou a crise do liberalismo mundial. |