Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rimachi Hidalgo, Marco Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192510
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Resumo: |
Em todo o mundo continua-se a buscar evidências de suscetibilidade genética à periodontite (P) em diferentes populações, pois é importante levar em consideração as diferenças genéticas entre as diversas etnias. Além disso, também há grande interesse da comunidade científica em avaliar potenciais inter-relações entre a periodontite e alterações sistêmicas como o Diabetes Mellitus tipo 2 (T2DM, type 2 Diabetes Mellitus). Estudos enfocando polimorfismos genéticos são importantes principalmente para o entendimento que desempenham na modulação da resposta do hospedeiro frente à ação de micro-organismos periodontopatogênicos. O gene Interleucina 17 Alfa (IL17A), que codifica a citocina pró-inflamatória comumente referida como IL-17, é produzida por um subconjunto de células T auxiliadoras (T helper) Th1/Th0 e secretada pelas células Th17, implicadas na vigilância imunológica nas superfícies mucosas e implicada na inflamação crônica. O objetivo deste estudo é investigar três polimorfismos no gene IL17A para avaliar se podem estar associados com a suscetibilidade genética à periodontite na presença (ou não) de T2DM, e relacioná-los com o perfil bioquímico e clínico periodontal do paciente. Considerando o cálculo amostral, foram investigados pacientes com T2DM e periodontite severa ou moderada (Grupo T2DM_P, n=199 pacientes); e para comparação dos resultados foram considerados pacientes sem T2DM com periodontite severa ou moderada (Grupo PERIODONTITIS, n=342), e também pacientes sem T2DM e sem periodontite ou periodontite leve, ou seja, pacientes saudáveis (Grupo HEALTHY, n=338), totalizando 879 indivíduos. Após exame periodontal completo foi obtido o bochecho de cada paciente para extração do DNA por Acetato de Amônio. Foram investigados três polimorfismos de nucleotídeo único (single nucleotide polymorphism - SNP) no gene IL17A por meio do sistema de genotipagem TaqMan utilizando PCR em tempo real. Uma parte dos pacientes realizaram exames bioquímicos do perfil glicêmico e lipídico. Após análise das frequências de alelos e genótipos por meio do software PLINK, foi avaliado o Equilíbrio de Hardy-Weinberg de cada SNP. Os grupos foram comparados entre si, em relação às frequências alélicas e genotípicas realizando análises de regressão logística múltipla utilizando o programa STATA, e ajustando-se às variáveis idade, gênero, tabagismo e perfil bioquímico. Como resultado da comparação entre o grupo HEALTHY versus T2DM_P, a regressão logística múltipla estratificada para o hábito de fumar, demonstrou que pacientes fumantes com genótipo GG para o SNP rs3819024 do gene IL17A tinham maior chance de apresentar periodontite associado a T2DM (OR=6.60; IC 95%=1.31-33.01; p=0.02). Resultado semelhante foi obtido para pacientes fumantes na comparação PERIODONTITIS versus T2DM_P, indicando associação do genótipo GG com T2DM (OR=5.05; IC 95%=1.36-18.82; p=0.01). Por meio do software PLINK foi verificado o desequilíbrio de ligação entre cada SNP, constatando-se que os mesmos apresentavam-se como haplótipos. A distribuição dos haplótipos foi comparada entre os grupos por regressão logística múltipla demonstrando que indivíduos portadores do conjunto de haplótipos mais raros (<3%) eram mais suscetíveis a Periodontite juntamente com T2DM (OR=2.30; IC 95%=1.16-4.55, p= 0.01), assim como ao T2DM isoladamente (OR=2.98; IC 95%=1.62-5.48, p = 0.00). Conclui-se pelos resultados obtidos com pacientes fumantes e ex-fumantes que o SNP rs3819024 do gene IL17A demonstra associação com o diabetes mellitus tipo 2 isoladamente, e também como comorbidade da periodontite, no entanto o amplo intervalo de confiança observado indica que tal resultado necessita ser comprovado em uma população maior. A associação dos haplótipos raros com as patologias estudadas pode ser um resultado biologicamente espúrio, pois foi obtido pela soma dos diferentes haplótipos raros, de modo que se um deles for considerado sozinho, a associação certamente será perdida, esclarecendo que o número de pacientes em cada grupo que carregam os haplótipos raros é menor do que o número calculado para obter o poder do estudo o que é normal. |