Caracterização morfo-molecular e epidemiologia comparativa do oídio em clones de eucalipto conduzido em viveiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kurokawa, Sara Yumi Sassamoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194047
Resumo: A área plantada de espécies florestais no Brasil representa 6,9% do PIB industrial. O seu uso e finalidades são diversos, entre eles a serraria, laminação, carvão e celulose. Devido a essa diversidade de usos, em 2018, já totalizavam 7,8 milhões de hectares de árvores plantadas, sendo que 5,7 milhões de hectares somente de eucalipto, mantendo-se estável comparado ao ano de 2017. Os crescentes plantios puros, os chamados bosquetes, trouxeram alguns problemas relacionados à ocorrência de pragas e doenças, dentre elas a ocasionada por oídio, de importância principalmente em viveiros. O presente trabalho teve como objetivo identificar por análise morfológica e molecular o patógeno, bem como entender o comportamento da doença e elaborar modelos de previsão. O experimento foi conduzido no Viveiro Florestal do Departamento de Ciência florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, em Botucatu, São Paulo, com início em maio de 2018 e encerramento em maio de 2019. As condições utilizadas foram jardim clonal com teto coberto e a céu aberto, quatro clones de eucalipto (I144, IPB13, IPB2 e toreliodora) e três repetições. As variáveis climáticas monitoradas foram a temperatura, a umidade, a pluviosidade e a radiação fotossinteticamente ativa (PAR, do inglês Photosynthetically Active Radiation), com dados horários coletados e a severidade da doença avaliada semanalmente. A identificação do patógeno foi realizado em microscópio estereoscópico, extração de DNA, PCR com primers ITS1 e ITS4 e sequenciamento Sanger. O comportamento do patógeno foi realizado através da epidemiologia descritiva, com registros, observações da doença e os possíveis fatores causais. Além das variáveis climáticas monitoradas, os graus dia (GD) foram calculados. A severidade do oídio entre os tratamentos foi avaliada através da escala diagramática. As variáveis climáticas e a severidade foram comparadas e organizadas pela tabela modificada de Mills e o modelo de previsão obtido, através do software Minitab® em regressão múltipla. Conclui-se que a espécie causadora é a Podosphaera pannosa e já presente em outras regiões do país e do mundo. Através da epidemiologia descritiva, pode-se observar que o jardim clonal com teto coberto teve a maior severidade da doença comparado com céu aberto. O clone I144 foi o que apresentou maior severidade, se comparado com os outros clones. A variável pluviosidade e temperatura média foram as mais atuantes, comparadas às outras variáveis para a ocorrência do inóculo inicial. A tabela de Mills modificada apresentou informações para o controle do oídio, na ocorrência de pluviosidade nula, temperaturas médias entre 10 e 25°C, horas de molhamento foliar variáveis, PAR de 1 a 9 e o GD entre 7 e 24. Todos os clones apresentaram equações de previsão com R2 e correlações com boa precisão, apresentando serem equações confiáveis para a previsão do oídio em viveiro.