Marcação, voo tutorado e dispersão de Anticarsia gemmatalis (Hübner) (Lepidoptera: Erebidae) e Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Caixeta, Daniel Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115695
Resumo: O uso de plantas Bt no controle de pragas possui riscos quanto à seleção de indivíduos resistentes. Por isso, a adoção de áreas de refúgio é crucial para minimizar a evolução da resistência. E para planejar a disposição e a distância entre essas áreas deve-se conhecer a dispersão dos insetos. Assim, o primeiro objetivo deste trabalho foi marcar Anticarsia gemmatalis (Hübner) (Lepidoptera: Erebidae) e Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) por meio de corantes lipossolúveis para definir o melhor corante-concentração a ser utilizados em estudos de dispersão. O segundo objetivo foi avaliar os efeitos da idade, do sexo e da cópula no voo tutorado, e o reflexo desses cenários na reprodução e no manejo de resistência, para, com isso, realizar estudos de dispersão de adultos de A. gemmatalis em soja. Os corantes azul (Solvent Blue 35) e vermelho (Sudan Red 7B) nas concentrações de 100 e 400 ppm diluídos em óleo foram testados. Verificou-se que o corante Sudan Red 7B a 400 ppm pode ser utilizado na marcação de A. gemmatalis, mas não para C. includens. Avaliou-se o voo tutorado e a reprodução de fêmeas e machos, copulados ou não com 2, 4 e 6 dias após a emergência. Constatou-se que diversas características relacionadas ao voo e à reprodução de A. gemmatalis reforçam a estratégia de refúgio estruturado em soja Bt, o que pode desacelerar o desenvolvimento de populações resistentes no campo. Avaliou-se a dispersão por meio da liberação e captura. Utilizaram-se armadilhas luminosas na captura dos insetos, distribuídas nos sentidos norte, sul, leste e oeste, e espaçadas a 150 m entre si até a distância máxima de 900 m. Mais de 10% dos adultos de A. gemmatalis estudados puderam voar mais de 800 m. Consequentemente, propõe-se que as áreas de refúgio em soja Bt sejam espaçadas a até 800 m de distância entre si, visando a diminuição da frequência dos indivíduos resistentes no campo