Crianças brincando de casinha numa brinquedoteca: um olhar psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Sommerhalder, Aline [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96037
Resumo: Atualmente, inúmeros estudos ressaltam a importância do brincar para a aprendizagem da criança. Neste contexto, a brinquedoteca apresenta-se como um local estruturado para o brincar, oferecendo condições para que ele se concretize. Na psicanálise, o brincar é visto como espaço de estruturação do sujeito, em que a criança pode falar em nome próprio e de si mesma. Assim sendo, a psicanálise aponta que o brincar é um espaço privilegiado de escuta da criança. Nossa escuta voltou-se para a brincadeira de casinha na perspectiva de olhar para as relações familiares, uma vez que entendemos que o brincar representa a realidade. Neste sentido, esta pesquisa objetivou refletir sobre as relações familiares, mais propriamente as funções paterna, materna e de filho, discutidos sob o ponto de vista da criança. Realizamos a escuta numa perspectiva psicanalítica, por meio da observação de treze crianças com idade entre cinco e seis anos, brincando de casinha numa brinquedoteca escolar localizada em Rio Claro/SP. Das quatorze observações realizadas, selecionamos seis com a duração de trinta a cinquenta minutos cada. Durante estas observações, registramos as verbalizações das crianças. Além disso, fizemos intervenções com questões voltadas para o foco de estudo, ou seja, as relações familiares. Discutimos os dados considerando o referencial teórico psicanalítico e o contexto da coleta. Como resultados, podemos dizer que as crianças representaram os papéis de pai, mãe e filho, em alguns momentos estes papéis foram assumidos e em outros atribuídos; sendo que o papel de mãe foi o mais desejado; houve momentos em que a mãe destituiu o pai e em outras ocasiões ela permitiu a presença deste; em algumas situações o pai ficou ausente na brincadeira, assim como também houve pouca participação dos meninos. Discutimos estes... .